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SEXO!!! Orgasmo feminino: um guia com tudo o que você precisa saber

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  • FERNANDA FROZZA / ILUSTRAÇÕES ELISA RIEMER

Oi, tem compromisso para hoje à noite? Queremos fazer um convite, desses irrecusáveis, com três companhias que já podem ter sido consideradas más influências por aí, mas vão se tornar suas bffs (adeus, patriarcado!): um vibrador ou seus dedos, um espelhinho de mão e seu clitóris.

Diz que aceita? É que os dados divulgados pelo Programa de Estudos em Sexualidade (Prosex), da USP*, apontam que 40% das brasileiras não se masturbam e 55,6% não conseguem chegar ao orgasmo.

Tudo bem, não se culpe se fizer parte das estatísticas, motivos não faltam para você ter dificuldade de gozar. Afinal, essa repressão do corpo da mulher é cultural, social, religiosa e beeem antiga – tanto que só começou a mudar nos anos 1960, com as pensadoras feministas e a revolução sexual.

“As consequências disso não têm a ver só com sexo, já que também influenciam a autonomia e a falta de conhecimento das mulheres sobre o próprio corpo”, explica Carla Cristina Garcia, socióloga da PUC-SP e autora do livro Breve História do Feminismo. 

Quer a prova? Uma pesquisa** feita com mil mulheres nos Estados Unidos pediu para que elas observassem uma ilustração da anatomia feminina e reconhecessem cada parte.

Resultado: 44% das participantes não conseguiram identificar a vagina, e 60% delas não encontraram a vulva (caso você tenha dúvidas, a vulva é toda a parte visível, ou seja, a região externa. Já a vagina é o canal interno, que vai até o colo do útero).

É justamente aí que mora o problema. Sem se conhecer e se tocar, ter prazer, sozinha ou acompanhada, fica muito mais difícil. É por essas e outras que passamos a acreditar em ideias como “mulher não consegue ter orgasmo sempre que transa” ou “homem tem mais facilidade de gozar”.

Quem nunca ouviu essas pérolas? Se você já caiu nessa, a sexóloga e ginecologista Carolina Ambrogini, coordenadora do Projeto Afrodite, centro de sexualidade feminina da Unifesp garante: é cilada. Para começar, ela lembra que o clitóris tem 8.000 terminações nervosas – simplesmente o dobro do que possui o pênis.

Aí, você deve estar se perguntando: e aquela história de que o homem atinge o orgasmo mais rápido do que a mulher? De maneira geral, é verdade, mas, literalmente, só por alguns minutos.

Uma pesquisa americana dos pioneiros no estudo da fisiologia sexual humana*** chegou a uma variação entre 7 e 15 minutos para os homens gozarem no sexo, e entre 10 e 20 minutos, no caso das mulheres.

E essa variação não tem nada a ver com a capacidade de chegar ao clímax. “O orgasmo está mais na mente do que na vagina. O clitóris responde a um estímulo de excitação que vem do cérebro.

Não é só falta de conhecimento do próprio genital, mas também uma dificuldade da mulher de formular fantasias sexuais porque teve uma educação machista, em que os desejos masculinos eram prioridade”, acredita Carolina.

pornografia convencional não nos deixa mentir. Uma análise feita dos vídeos mais assistidos de 2017 no PornTube, site de conteúdo erótico, mostrou que as mulheres apareciam chegando ao orgasmo apenas 18,3% das vezes. E pior: a maioria foi retratada de um jeito bem teatral, apenas com penetração e sem estímulo do clitóris.

Aqui, vale dizer que todo aquele papo sobre a mulher ter mais de um ponto para atingir o orgasmo é balela – sim! “Antigamente se ressaltava que existia o vaginal e clitoridiano, mas o orgasmo é um só, disparado pelo estímulo do clitóris.

É uma conexão entre mente e clitóris, só estímulo no genital não resolve nada”, diz a ginecologista. Isso sem contar, claro, que a diversidade anatômica do órgão sexual feminino raramente é levada em consideração nesses filmes.

Aí quem assiste fica achando que o normal é ter uma vulva pequenininha, rosada, simétrica e sem pelo. Em questão de segundos, isso já vira gatilho.

Tanto que, só no Brasil, são feitas 21 mil ninfoplastias (cirurgia íntima) todos os anos, segundo levantamento da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética)****. O País é líder no ranking desse procedimento, seguido dos Estados Unidos, com 11 mil (sim, quase a metade).

Com tanta encanação, repressão e em meio a um programa de governo que incentiva a abstinência sexual entre jovens, às vezes fica difícil relaxar, falar abertamente sobre sexo e estimular o prazer.

Mas não é impossível, tá? A educadora sexual americana Betty Dodson, guru no prazer feminino, indica duas maneiras de atingir o orgasmo: a mais comum, por tensão, quando se prende a respiração e contrai todos os músculos do corpo; e a mais intensa, por relaxamento, quando se controla a respiração e os movimentos do assoalho pélvico.

Nessa onda, uma geração de mulheres tem se formado para ajudar outras a se descobrirem sexualmente por meio de terapias, workshops, técnicas e sex toys feministas.

Aqui, conversamos com quem tem feito isso ganhar força no Brasil. Afinal, talvez ainda não tenhamos descoberto todos os caminhos para chegar lá, mas já sabemos o principal: todas nós queremos gozar.

Terapia orgástica

“O que te impede de ter prazer?” É com essa pergunta que a psicanalista Mariana Stock recebe mulheres dispostas a se redescobrirem sexualmente na Casa Prazerela, Zona Oeste de São Paulo.

E tudo começou com um questionamento de Mari sobre a própria vida sexual. “Me achava bem resolvida sexualmente porque transava com muita gente, mas notei que sempre vivi sexos performáticos.

Eu nunca era a minha prioridade em termos de gozo”, conta. Foi, então, que decidiu mergulhar no assunto, fez curso de doula, formação em terapia tântrica e abriu mão da profissão em comunicação para trabalhar com o prazer feminino.

Começou a dar palestras e falar sobre sexo e masturbação nas redes sociais, mas muita gente perguntava onde poderia aprender mais e alcançar o potencial orgástico.

Aí surgiu a Prazerela, um espaço seguro, só com profissionais mulheres, que oferece cursos, massagem e a famosa (e concorrida) terapia orgástica. Mas o que é isso?

Por R$ 450, a sessão é individual e dividida em duas partes. Na primeira, acontece um bate-papo para contar sobre medos, angústias, dificuldades e a relação com a sexualidade. Na segunda, é feito um trabalho corporal focado nas necessidades de cada mulher – assim, uma terapeuta aplica técnicas q

ue envolvem desde um toque sutil na pele até massagem genital e o uso de vibradores para que ela atinja o potencial orgástico. Vale dizer que o método nada tem a ver com espiritualidade e é indicado para mulheres de todas as idades.

“Uma senhora de 72 anos chegou para uma sessão com muito medo, achando que aquilo não era para ela. Aí expliquei que poderia parar quando quisesse, que estava tudo bem.

Quando acabou, saiu emocionada. Me abraçou e disse: ‘Obrigada por não me deixar viver sem essa experiência’”, lembra Mari. Nunca é tarde para se redescobrir, né?

Ppk, te amo!

Quem tem medo de se olhar, sem julgamentos? Acredite, quase todas. Ainda mais quando o assunto é a vulva. Pensando nisso, a filósofa Carol Teixeira decidiu reunir um grupo de mulheres no curso I Love My Pussy, que já aconteceu em São Paulo e no Rio de Janeiro, usando o método tântrico heart chakra.

“Diferentemente de algumas religiões, que consideram o corpo um obstáculo para iluminação ou conexão com algo superior, no tantra, o corpo é o principal veículo para essa conexão”, explica.

O objetivo do workshop, que dura um dia inteiro, é trabalhar a capacidade de dizer “não”, resgatar a sensibilidade, impulsionar a sororidade, aprender a despertar a kundalini (energia sexual, vital e criativa) e desenvolver técnicas de masturbação.

“Tem muita mulher que se diz empoderada, mas finge orgasmo entre quatro paredes porque o corpo não acompanha o empoderamento da mente”, conta Carol, que recebe um grupo eclético, com integrantes entre 21 e 60 anos.

A cada nova sessão, que custa R$ 960, as reações emocionam.“São vários os relatos de primeiros orgasmos no próprio curso ou de mulheres que relembram traumas de infância que nunca tinham acessado. As curas são profundas.” Queremos: sim ou com certeza?

Prazer? SIM!

Imagine se você pudesse voltar no tempo e ter um novo olhar sobre a sexualidade feminina. Tudo bem, sabemos que é impossível, mas dá, sim, para reaprender.

 Lua Menezes é terapeuta sexual, tem um projeto de literatura erótica e é criadora do Jardim das Delícias, curso online (com duração que varia a cada aluna) em formato de podcast e vídeo para ressignificar a sexualidade.

“Fomos enviadas à vida sexual sem ter conhecimento de nós mesmas. Por isso, o conteúdo do curso (que sai a partir R$ 600) tem desde a parte histórica, para entender racionalmente por que nos distanciamos tanto do nosso corpo, até a anatomia feminina e o funcionamento de um orgasmo”, diz.

Antes de iniciar o projeto, Lua passou por algumas dificuldades, inclusive por um vaginismo [condição dolorosa causada pela contração involuntária dos músculos da vagina], que não foi diagnosticado pela sua ginecologista na época.

A ideia dela é evitar que outras manas vivam algo parecido. Além, claro, de ensiná-las a encontrar o próprio caminho do prazer, evitando comparações com os homens. “É preciso mostrar que as mulheres não demoram para gozar, elas demoram para relaxar.” Fada sensata!

Sex shop para manas

Não podemos falar sobre masturbação sem mencionar os “brinquedinhos”. Mas esqueça a ideia de que sex shop é sempre uma portinha duvidosa com uma vitrine de objetos fálicos e um atendente com olhar lascivo. Graças às deusas, sex shops pensados exclusivamente para mulheres estão cada vez mais comuns.

Caso da Climaxxx, loja online criada em 2016 por Larissa Eli com produtos eróticos próprios para o prazer feminino. Para tocar o projeto em conjunto, ela chamou a amiga Clariana Leal.

“Na época, tinha tido um único vibrador na vida que odiei. Quando comecei a estudar, descobri que vários sex toys são feitos de materiais tóxicos e que a indústria não é bem regulamentada.

Agora, amo vibradores, mas entendi que existe um tipo certo para cada momento”, conta Clariana, que oferece consultorias pessoalmente e a distância sobre os brinquedinhos.

A pedido das clientes, elas não trabalham com acessórios que imitem um pênis, e sim com versões mais lúdicas, entregues em embalagens discretas para qualquer cidade do Brasil.

O grande sucesso é o Power Bullet USB, um vibrador clitoriano pequenininho. Para quem quer testar e se estimular, Claris dá a dica: “Tenha curiosidade e paciência com seu corpo

. É importante usar dedos, olhos, pegar um espelho e ver a própria vulva, sentir o que ela deseja e o estímulo que ela prefere. Todas as respostas estão na gente”. Foi bom para você?

Vai uma mãozinha? 

Às vezes, tudo o que precisamos é uma noite com a gente mesma! Então acenda uma vela, abra uma garrafa de vinho e veja nossas dicas para chegar lá:

Para ler
Que tal se inspirar com um conto erótico? O livro Delta de Vênus, da autora francesa Anaïs Nin, é hot, hot, hot

Para ver
Não deixe de assistir a Sex Education, da Netflix. Mas se o que você busca são pornôs feministas, atenta aos filmes da Erika Lust

Para ouvir
Aumente o som do Spotify com as playlists Feelin´ Myself, Feche a Porta e Pure Seduction
 

Fontes da matéria: *Dados da pesquisa Mosaico 2.0, do Programa de Estudos em Sexualidade (Prosex) da Universidade de São Paulo (2016) / **Pesquisa feita pela instituição de caridade de câncer ginecológico Eve Appeal (2016) / ***pesquisa feita por Masters e Johnson (entre 1966 e 1970) / ****Levantamento da ISAPS (Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética), de 2017

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