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NENHUM PATROCINENSE ESTA NO “LISTÃO DA MATANÇA”!!!🚑😱🚒⚰🔫⚰🔫⚰🔫🚒⚰🔫PÁ…PÁ… PÁ… PÁ… PÁ…PÁ…Polícia Civil identifica último suspeito morto em ação policial em Varginha

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Por Dannyellen Paiva, g1 Minas — Belo Horizonte

PM diz que sacada era utilizada para suspeitos verificarem movimentação fora do sítio em Varginha (MG) — Foto: Reprodução/EPTV

PM diz que sacada era utilizada para suspeitos verificarem movimentação fora do sítio em Varginha (MG) — Foto: Reprodução/EPTV

A Polícia Civil de Minas Gerais (PC) identificou o 26º suspeito morto em uma ação policial no domingo (31) em Varginha, no Sul do estado.

A PC informou que 25 dos 26 corpos foram identificados por meio de impressão digital e que todos foram entregue às famílias.

O último corpo foi identificado por meio de DNA e ainda não foi liberado.

O que se sabe sobre a operação que deixou 26 mortos em Varginha (MG)
O que se sabe sobre a operação que deixou 26 mortos em Varginha (MG)

Veja os identificados:

g1 teve acesso a boletins de ocorrência registrados entre 2011 e 2021 em que os homens aparecem como citados.

Pelo menos nove dos mineiros identificados até o momento já tinham antecedentes criminais, como roubo, assalto à mão armada e tráfico.

1. Artur Fernando Ferreira Rodrigues, 27 anos, Uberaba (MG);

Tinha passagens por porte ilegal de arma de fogo e receptação. O nome dele aparece em um boletim de ocorrência da Polícia Rodoviária Federal pelo crime de roubo de carga e caminhões. A ocorrência foi em março de 2021, na BR-262, em Uberaba.

2. Daniel Antonio de Freitas Oliveira, 35 anos, Uberlândia (MG);

3. Darlan Luiz dos Santos Brelaz, 41 anos, Goiânia (GO);

4. Dirceu Martins Netto, 24 anos, Rio Verde (GO);

5. Eduardo Pereira Alves, 42 anos, Brasília (DF);

6. Evando José Pimenta Junior, 37 anos, Uberlândia (MG);

Na casa dele, em Uberlândia, os policiais já cumpriram mandados de busca e apreensão em julho e agosto de 2013. Evando e José Rodrigo Damas Alves, outro homem que morreu durante o confronto com a polícia em Varginha, se conheciam. Em 2016, os dois foram abordados pela polícia no Bairro Bom Jesus, em Uberlândia. Segundo o boletim de ocorrência, José Rodrigo era o motorista – e estava dirigindo com sintomas de embriaguez – e Evando “se apresentou como o dono do carro”.

7. Francinaldo Araújo da Silva, 44 anos, Eugênio Barros (MA);

8. Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, Porto Velho (RO);

Segundo a Polícia Civil de Rondônia, Gerônimo foi quem assassinou o dono de uma pet shop de Porto Velho por não concordar com o preço cobrado pelo serviço. O corpo do empresário Henrique Fernando Barbosa foi encontrado dentro de um carro na rua 13 de Setembro, Bairro Areal, em 11 de março deste ano. No veículo da vítima havia várias marcas de tiros. Após o crime, a investigação da Civil apontou que Gerônimo foi o autor do homicídio do empresário. Ele estava foragido da Justiça havia oito meses.

Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, foi morto em operação policial em MG — Foto: Polícia Civil/Reprodução

Gerônimo da Silva Sousa Filho, 28 anos, foi morto em operação policial em MG — Foto: Polícia Civil/Reprodução

9. Gilberto de Jesus Dias, 29 anos, Uberlândia (MG);

Tinha passagens por furto e tráfico de drogas. Em 2014, durante uma abordagem policial, atirou contra militares que participavam da ação por isso tem anotação por tentativa de homicídio. A ocorrência foi registrada na cidade de Coromandel, no Triângulo.

10. Giuliano Silva Lopes, 32 anos, Uberlândia (MG);

Em 2012, uma vítima reconheceu Giuliano como o autor de um roubo na Avenida Rondon Pacheco, no Bairro Aparecida, em Uberlândia. Para os policiais, o rapaz contou que estava parado em um cruzamento quando foi abordado por dois criminosos armados. Eles levaram um malote com R$ 8 mil. Tinha passagens por ameaçar a ex-namorada. A ocorrência foi registrada em 2012. Para os policiais, a jovem disse que Giuliano “sacou um canivete, colocou no rosto e cortou um pedação do cabelo” dela. A motivação da agressão teria sido o fim do relacionamento. Em 2011, há um outro registro de ameaça. “Ô desgraça, você tá louco. Eu sou bandido. Tu vai ver comigo, cara, eu sei onde você mora”. As palavras, segundo o registro, foram ditas a um PM. Também tinha passagens por furto e homicídio.

11. Gleisson Fernando da Silva Morais, 36 anos, Uberaba (MG);

Tinha passagens por furto e roubo. Em 2015, Gleison foi preso ao tentar entrar em um supermercado. Ele estava no telhado do estabelecimento quando os militares consegueiram prende-lo. Em 2012, participou do assalto ao prédio da ABZC, a Associação Brasileira dos Criadores de Zebú, em Uberada. Na época, seis homens armados invadiram o setor financeiro da associação, renderam funcionários e levaram cheques, documentos e celulares.

12. Isaque Xavier Ribeiro, 37 anos, Gama (DF);

13. Itallo Dias Alves, 25 anos, Uberaba (MG);

Em 2012, quando era menor de idade, participou de um assalto à mão armada. Tinha várias passagens por dirigir sem carteira de habilitação. Em 2016 se passou por aluno e foi até a Escola Estadual Corina de Oliveira, no Bairro Mercês, em Uberaba, para ameaçar a ex-namorada. “Vou te matar, vou te dar um tiro” foram as ameças que o rapaz disse a vítima no dia em que a ocorrência foi registrada.

14. José Filho de Jesus Silva Nepomuceno, 37 anos, Caxias (MA);

Natural de Caxias (MA), tinha passagens por receptação, tráfico e assalto. De acordo com a polícia, em 2020, José Filho também participou do assalto ao banco do Banco do Brasil de Miguel Alves, cidade que fica a 110 km de Teresina (PI).

15. José Rodrigo Dama Alves, 33 anos, Uberlândia (MG);

Tinha passagens pelo sistema prisional. Em julho de 2018, foi abordado pela Polícia Militar com um carro furtado. Durante a ação, ele e um comparsa tentaram fugir e acabaram batendo em uma viatura da PM. Com eles, os policiais encontraram uma pistola calibre 380 que havia sido furtado em Uberlândia, no Triângulo. Segundo o boletim de ocorrência do furto do revólver, o autor seria “magro, alto e negro”. Características que, segundo a polícia, eram as mesmas de José Rodrigo.

16. Julio Cesar de Lira, 36 anos, Santos (SP);

17. Luiz André Felisbino, 44 anos, Ipameri (GO);

18. Nunis Azevedo Nascimento, 33 anos, Novo Aripuanã (AM);

Segundo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), na ficha criminal de Nunis só havia um processo no Juizado Especial Cível da Comarca de Humaitá. Na ocasião, o homem havia sido denunciado por um acidente de trânsito, em 2015, mas o processo não seguiu adiante por conta da ausência da autora da ação em uma audiência, sendo, posteriormente, arquivado.

19. Pietro Henrique Silva da Fonseca, 20 anos, Uberlândia (MG);

20. Raphael Gonzaga Silva, 27 anos, Uberlândia (MG);

Tinha passagens por tráfico de drogas e receptação. Em 2012, quando era menor, fez parte de um grupo que tentou arrombar uma casa lotérica no Bairro Luizote de Freitas, em Uberlândia. No mesmo ano, uma pessoa que teve a moto roubada reconheceu Raphael por uma tatuagem que ele tinha na perna.

21. Ricardo Gomes de Freitas, 34 anos, Uberlândia (MG);

22. Romerito Araujo Martins, 35 anos, Goiânia (GO);

23. Thalles Augusto Silva, 32 anos, Uberaba (MG);

Em 2012 participou de um roubo a uma loja de material de construção. Ele e um comparsa levaram R$ 13 mil em dinheiro e correntes de ouro de funcionárias do estabelecimento. Os dois foram localizados horas depois do crime. Em 2017, a PM apreendeu com Thalles armas de fogo, entre elas umas pistola calibre 38. Teve passagens pelo sistema prisional.

24. Welington dos Santos Silva, 31 anos, Parauapebas (PA);

25. Zaqueu Xavier Ribeiro, 40 anos, Goiânia (GO).

26. Adriano Garcia, 47 anos, Elói Mendes (MG)

Suspeitos de quadrilha de assalto a bancos se dividiram em dois sítios em Varginha — Foto: Arte TV Globo

Críticas à operação

A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pediu uma apuração sobre as mortes. A deputada Andréia de Jesus (PSOL), presidente do colegiado, diz que vai acionar o Ministério Público e a Secretaria de Segurança Pública investigar o caso. O Ministério Público já disse que vai investigar a ação.

A deputada ainda fez críticas à atuação dos agentes.

“Uma operação policial exitosa é uma operação que não deixa óbitos para trás. Infelizmente, no Brasil, a juventude negra ainda continua tendo pena de morte como a única alternativa”, disse a parlamentar.

Ela também defendeu que os mortos tivessem sido responsabilizado pelo crime que cometeram. “Um crime contra patrimônio não justifica a retirada de vida, seja de quem quer que seja”, acrescentou.

Regimentalmente, para que a comissão possa iniciar a apuração oficial, é preciso que os deputados membros aprovem um requerimento. Ainda não há uma previsão para que isso ocorra.

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos de Minas Gerais enviou um ofício pedindo explicações ao Ministério Público, à Ouvidoria de Polícia e à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais (Sejusp) sobre a ação policial que terminou com 26 mortos em Varginha, no Sul do estado.

“Chama-nos a atenção o fato de a mídia noticiar um confronto altamente armado no qual uma das partes foi ‘totalmente eliminada’”, diz a nota. Nenhum policial ficou ferido durante a operação.

O Fórum Brasileiro de Segurança Pública também acredita que uma investigação deve ser feita para apurar a ação (veja no vídeo abaixo).

Vinte e seis suspeitos de roubos a bancos são mortos durante operação policial em Varginha, MG

Vinte e seis suspeitos de roubos a bancos são mortos durante operação policial em Varginha, MG

Em nota, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) disse que “os policiais atuaram no estrito cumprimento do dever legal, utilizando a força necessária para repelir injusta agressão e manter a ordem pública e a incolumidade das pessoas, evitando a atuação de uma quadrilha, que pelo poderio bélico encontrado, poderia instaurar o caos na região, inclusive colocando a vida de cidadãos de bem em risco”.

A Polícia Militar disse que, “de imediato, na primeira hora dos fatos, divulgou, ao vivo, em suas redes sociais, todas as ações que foram realizadas, além de organizar uma coletiva de imprensa com os responsáveis pela operação, que estiveram in loco. Não havendo, portanto, qualquer restrição de acesso à informação relacionada à ocorrência”.

“Sobre a ação policial, além das medidas de Polícia Militar Judiciária adotadas, a instituição instaurou um Inquérito Policial Militar”.

Banco de perfis

Amostras de DNA coletadas dos 26 corpos dos suspeitos de assalto a banco serão inseridas no banco nacional de perfis genéticos. A partir disso, poderá ser apontada a eventual participação deles em outros crimes.

A secretária-executiva da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), a médica legista Tatiana Telles, informou na manhã desta segunda-feira (1º) que esse banco de perfis genéticos procura coincidências, os chamados “matches”, entre o DNA desses corpos e o DNA achado em locais de crime no Brasil.

“Muito provavelmente nós teremos coincidências de atuações dessa quadrilha em outros locais de crime, em que por ventura tenham sido inseridos vestígios”, disse a médica legista Tatiana Telles.

Suspeitos alugaram duas chácaras em área afastada de Varginha para esconder o arsenal

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26 mortes

De acordo com levantamentos policiais, a quadrilha se preparava para atacar um centro de distribuição de valores do Banco do Brasil em Varginha. A Polícia Militar (PM) disse que os suspeitos haviam alugado um sítio na cidade para ficarem perto do batalhão da corporação e assim realizarem a ação.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os confrontos com os homens ocorreram em duas abordagens diferentes. Na primeira, os suspeitos atacaram as equipes da PRF e da PM, sendo que 18 deles morreram no local.

Em uma segunda chácara, conforme a PRF, foi encontrada outra parte da quadrilha e, neste local, após intensa troca de tiros, ocorreram as demais mortes.

De acordo com a polícia, eles têm relação com crimes cometidos contra instituições financeiras em Uberaba (MG), Araçatuba (SP) e Criciúma (SC).

Armamento de guerra

25 suspeitos de roubos a bancos são mortos durante troca de tiros com PM, PRF e Bope em Varginha, MG — Foto: Divulgação/Polícia Militar

Um vídeo divulgado pela Polícia Militar mostra o que seria armamento de guerra apreendido pelas forças policiais junto com a quadrilha que pretendia assaltar bancos no Sul de Minas.

Conforme a PM, os suspeitos tinham uniformes, coletes balísticos, coturnos e roupas camufladas. Além disso, tinham carregadores já municiados e armamentos de todos os calibres, como fuzis, escopetas e também “miguelitos”, usados para furar pneus de viaturas.

A polícia também apreendeu com os suspeitos vários galões de combustível e materiais que seriam usados como explosivos.

Os integrantes da quadrilha poderiam fugir em uma carreta com fundo falso apreendida pela Polícia Rodoviária Federal. A suspeita é da PRF, que localizou o veículo em Muzambinho (MG).

A A Policia Militar disse que divulgou “todas as ações que foram realizadas, além de organizar uma coletiva de imprensa com os responsáveis pela operação, que estiveram in loco. Não havendo, portanto, qualquer restrição de acesso à informação relacionada à ocorrência. Sobre a ação policial, além das medidas de Polícia Militar Judiciária adotadas, a instituição instaurou um Inquérito Policial Militar”.

Domínio de cidades

Caminhão que poderia ser usado na fuga de quadrilha de mortos em MG é apreendido
Caminhão que poderia ser usado na fuga de quadrilha de mortos em MG é apreendido

O modo de agir dos integrantes da quadrilha de roubos é denominado como “domínio de cidades”. Neste tipo de prática, os criminosos utilizam práticas para impedir que as forças de segurança possam reagir e também colocam em risco a população.

A explicação é do comandante do Batalhão de Operações Especias (Bope), tenente-coronel Rodolfo César Morotti Fernandes. Em entrevista ao g1, ele explicou que a ação dos homens mortos no Sul de Minas é diferente da chamada de “novo cangaço” e é, na verdade, a denominada “domínio de cidades”.

“Nesse contexto de atuação criminosa, o ‘novo cangaço’ subintende a ações de menor vulto. Ações de quadrilhas menores, com menor poderio bélico e em cidades menores”, disse ao g1.

“O domínio de cidades seria uma evolução do novo cangaço, seria uma forma mais violenta, com mais material empregado, mais efetivo por parte dos criminosos. Ou seja, onde ele teria que dominar a cidade impedindo uma reação imediata da força de segurança, onde ele teria tempo para concretizar a ação criminosa. Basicamente a diferença entre novo cangaço e domínio de cidades seria isso: a quantidade de agentes e esse ânimo em impedir qualquer reação por parte da força de segurança local”, completou.

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