São Paulo – O secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, anunciou que iniciará operações Escudo nos pontos onde ocorreram ataques contra policiais militares no estado. Entre essa quinta (18/1) e a sexta-feira (19/1), cinco PMs sofreram tentativas de assalto, após as quais dois foram mortos; outros dois, feridos a tiros; e um foi feito refém.

Os locais definidos para as operações são: as regiões de Santo André e Guarulhos, na Grande São Paulo; na Zona Sul da capital paulista, em decorrência das mortes da soldado Sabrina Freire e de um PM da reserva; e em Piracicaba, no interior de SP.

Na última quinta-feira (18/1), quatro PMs foram alvo de criminosos. Em um dos casos, a soldado Sabrina Freire Romão Franklin, 30 anos, foi baleada enquanto voltava do trabalho, em Parelheiros, na Zona Sul de São Paulo. O corpo dela será sepultado neste sábado (20/1).

Na sexta-feira (19/1), dois suspeitos foram presos por participação no assassinato da militar. As autoridades informaram que identificaram outros dois suspeitos.

Ainda na quinta-feira (18/1), um policial militar da reserva, de 69 anos, foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte –, no bairro Eldorado, também na Zona Sul. Ele trabalhava como taxista e foi baleado por um passageiro, que anunciou o assalto. O PM tentou reagir, mas acabou morto.

Mais duas ocorrências de policiais militares baleados em tentativas de assalto aconteceram nos municípios de São Bernardo do Campo e de Guarulhos, na Grande São Paulo, na mesma data. As duas vítimas estavam de moto quando foram abordadas por criminosos.

Na madrugada dessa sexta-feira (19/1), um policial militar de 33 anos foi mantido refém, com a esposa e o filho, em Hortolândia, no interior de São Paulo. Ele reagiu com tiros e matou um dos quatros suspeitos de invadir a casa da família.

Operação Escudo

A Secretaria da Segurança Pública (SSP-SP) detalhou que as operações Escudo ocorrem “todas as vezes em que criminosos atentam contra o Estado, por meio do ataque a policiais”.

O objetivo da operação, segundo a pasta, é “reestabelecer a ordem pública e a sensação de segurança na comunidade local, além de identificar e prender os responsáveis pelas ações criminosas contra os agentes de segurança paulistas”.

O secretário Guilherme Derrite enfatizou que “nenhum ataque a policial ficará impune”. Após a morte da soldado Sabrina, ele publicou um vídeo nas redes sociais, por meio do qual chamou os criminosos de “covardes”.

Em julho de 2023, uma Operação Escudo deflagrada no litoral paulista após o assassinato de um policial militar das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (Rota) terminou com ao menos 28 mortos na Baixada Santista.