Tenha uma boa noite! Hoje é Domingo, dia 19 de Maio de 2024. Agradecemos sua visita !
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE

👉🤝🔎🧐😳💉💉💉💉🌡🔬💉💉’Não podemos ficar recebendo dose de reforço para sempre’, diz Natalia Pasternak

👉🤝🔎🧐😳💉💉💉💉🌡🔬💉💉’Não podemos ficar recebendo dose de reforço para sempre’, diz Natalia Pasternak
BANNERENCIMAMATERIA
BANNERENCIMAMATERIA
BANNERENCIMAMATERIA

Natália Pasternak Anna Carolina Negri/Infoglobo
Saúde / Medicina
‘Não podemos ficar recebendo dose de reforço para sempre’, diz Natalia Pasternak
Em entrevista ao GLOBO, a microbiologista fala do futuro das vacinas e da pandemia de Covid-19
Por Giulia Vidale — São Paulo

https://oglobo.globo.com/google/amp/saude/medicina/noticia/2022/07/nao-podemos-ficar-recebendo-dose-de-reforco-para-sempre-diz-natalia-pasternak.ghtml

A microbiologista Natalia Pasternak, colunista do GLOBO e presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) se tornou uma das principais vozes da comunicação científica durante a pandemia.

Após mais de um ano nos Estados Unidos, onde atua como professora convidada do Centro de Ciência e Sociedade da Universidade Columbia, em Nova York, Pasternak vem ao Brasil para participar do Fronteiras do Pensamento, projeto cultural que reúne pensadores influentes em ciclos de conferências para debater temas intrigantes da atualidade, que acontecerão em agosto, em São Paulo e Porto Alegre.

Ela falará ao lado do ex-presidente do Departamento de Ciências Biológicas de Columbia Stuart Firestein, sobre hesitação vacinal, comunicação de ciência e o desafio da desinformação para a saúde pública.

Venvanse: cresce o consumo do remédio entre jovens para melhorar a concentração; entenda os graves riscos à saúde
Alzheimer: estilo de vida influencia mais do que a idade para o surgimento da doença, diz estudo

Ela também participará do IQC Day, que tem como objetivo apresentar as atividades do instituto, principalmente sua contribuição para o combate ao negacionismo e para o avanço das políticas públicas baseadas em evidências científicas, como o Observatório de Políticas Científicas.

Inédita no Brasil, a iniciativa tem como objetivo agregar dados sobre Ciência e Tecnologia, fornecer análise qualificada desses dados e produzir material propositivo sobre políticas para os setores.

Segundo Pasternak, hoje é muito difícil navegar esses dados. “Eles estão lá, mas eles não são não são apresentados de uma forma amigável”, afirma.

A ideia do Observatório é servir como um datahub, um grande repositório de dados organizados sobre ciência no Brasil que possa servir à comunidade científica, ao público, aos gestores etc.

Losartana: Anvisa revoga recolhimento de medicamento contra hipertensão
O que podemos esperar da próxima geração de vacinas?

Fizemos grandes avanços no desenvolvimento de vacinas. Temos a primeiras vacinas bivalentes, que já incluem alguma cepa Ômicron ou derivada para tentar diminuir um pouco o escape vacinal da Ômicron.

Elas já devem contribuir bastante para diminuir os casos de reinfecção que estamos vendo com mais frequência agora. E as vacinas nasais. É importante não as confundir com o spray nasal de Israel. Vacina nasal é uma vacina e não um antiviral.

A única diferença é que ela vai pelo nariz em vez de ser injetável. A grande vantagem disso é que ela estimula a imunidade de mucosa, que é uma imunidade mais local. Então a porta de entrada do vírus já fica mais preparada com essa vacina do que com uma vacina injetável. Com isso, provavelmente vamos conseguir diminuir a circulação do vírus, que é o que a gente precisa.

Com as vacinas que temos hoje, conseguimos diminuir muito o número de doenças graves, hospitalização e óbito, mas a doença continua circulando.

As vacinas nasais podem ser uma boa estratégia para diminuir realmente a circulação do vírus e a incidência da doença. Elas poderiam ser usadas como reforço e entrar no regime vacinal.

Leia mais romances e pare de anotar tudo: 7 dicas de um neurocientista para turbinar a memória
A vacinação contra Covid-19 continuará com reforços contínuos ou será mais parecida com a da gripe, com apenas uma vacina anual?

Sabemos que as pessoas estão ansiosas. Mas é difícil responder isso agora. Sabemos que não podemos ficar recebendo dose de reforço para sempre e temos algumas estratégias para isso.

Primeiro, precisamos alcançar uma vacinação global porque enquanto não tivermos uma vacinação mais equitativa, a chance de surgirem novas variantes que escapam à proteção das vacinas continua e vamos ficar fazendo o que?

Cada hora dando mais reforço, que incluem as variantes novas? Então é essencial diminuir a incidência desse vírus globalmente e não só localmente, nos países ricos.

Outra estratégia que eu acho que pode ser muito promissora são as vacinas nasais, que estão sendo testadas. O motivo para termos vacinais anuais para a gripe é porque todo ano surgem novas variantes e precisamos redesenhar as vacinas para incluir as variantes que estimamos que vão circular naquele ano.

Não sabemos se com a Covid vai ser sempre assim ou se de repente vamos conseguir diminuir a incidência de tal modo que não circulem mais variantes. Se formos estimar pelo que temos hoje, é óbvio que precisaremos de reforço.

Mas pode ser que com boas vacinais nasais e um bom regime vacinal combinado, isso tudo mude. É muito cedo para ficar batendo o martelo nessas coisas.

Prevenção de doenças: Conheça os três principais hábitos que ajudam a melhorar a imunidade
Quando a pandemia vai acabar?

Só saberemos que a pandemia acabou, olhando para trás. Não é possível definir isso quando ainda estamos no meio da pandemia. Em algum momento no futuro, talvez daqui um ou dois anos, vamos olhar para trás, olhar as curvas de incidência, hospitalização e óbito e dizer “nesse momento aqui, a pandemia acabou”. Não dá para prever que a pandemia irá acabar no mês tal. Até lá, vamos acompanhando e fazendo estimativas.

Mas dizer quando terminou, só é possível olhando para trás. Eu sei que é frustrante porque gostaríamos de ter uma bola de cristal, mas precisamos ter a humildade de comunicar o que não sabemos. Não sabemos quando vai terminar. Mas sabemos que já melhorou muito e isso é muito legal.

Temos que comemorar o que conseguimos até agora. Olha como diminuiu o número de hospitalizações e óbitos, mesmo com uma cepa mais contagiosa circulando. O que conquistamos até agora é fruto de uma intensa atividade científica. É muito bonito de ver.

E essa atividade continua. Então tem a pesquisa com as novas vacinas bivalentes e com as vacinas nasais. Continuaremos pesquisando até que consigamos ter estratégias mais eficazes para pôr um fim nesse período pandêmico e esse momento está chegando. Sabemos disso.

Covid: subvariante BA.5 da Ômicron se tornará predominante nas Américas em semanas, alerta OMS
Primeiro, tivemos a pandemia de Covid.

Em seguida, veio a hepatite misteriosa e agora, a varíola dos macacos. Há algo em comum que está motivando esses surtos de doenças incomuns?

O mundo está esquentando e aumentando sua população, ao mesmo tempo. Esses são ingredientes bem complicados para doenças emergentes. O aquecimento reduz a quantidade de áreas habitáveis. As espécies começam a mudar de território, procurando temperaturas mais amenas.

Isso significa que tem mais espécies e mais gente, coexistindo em um espaço cada vez menor. Isso favorece com que essas espécies se encontrem e troquem microorganismos entre si e com os humanos. As pessoas também se movimentam cada vez mais e também estão aumentando em número.

Então a velocidade com que esses encontros entre espécie de mamíferos, aves e humanos acontece aumenta. Esses fatores favorecem muito o surgimento e a transmissão de doenças. Então tudo isso está acontecendo não por uma intervenção divina, mas por uma intervenção humana.

É consequência de uma exploração predatória do planeta. Precisamos mudar a forma como exploramos o planeta para que ela seja menos predatória e mais sustentável. Isso inclui investir pesadamente em pesquisa de energia limpa, reduzir a criação animal, o que depende de mudar hábitos, comportamentos e políticas públicas.

Não é um trabalho fácil nem rápido. Mas ele precisa começar de algum lugar. Precisamos encarar o aquecimento global como um problema que precisa de uma solução urgente para o planeta e não é só uma questão de uso de combustível ou da temperatura dos oceanos.

É uma questão de saúde pública que afeta todos nós muito mais rápido do que poderíamos imaginar. Se isso não acontecer, vamos ver o surgimento de novas doenças porque isso aumenta a probabilidade dessas doenças aparecerem e chegarem até nós.

Existe hora certa para comer? Por que é importante seguir o ritmo do relógio biológico para fazer as refeições
A senhora se tornou referência na comunicação de ciência. Na sua opinião, qual é a principal dificuldade desse tipo de comunicação?

A ciência parte de perguntas, então a incerteza é essencial para o desenvolvimento da ciência. Mas comunicar a incerteza não é tão óbvio assim. As pessoas não estão esperando que você comunique algo incerto.

Elas esperam que você comunique certezas e isso tem muito a ver com a maneira como ensinamos ciências na escola, como um conteúdo que os alunos precisam decorar e que vai cair na prova com respostas certas ou erradas.

Mas a ciência não funciona assim. Em vez de ensinarmos ciência como um processo de investigação, ensinamos como um aglomerado de fatos que eles têm que decorar e depois nos surpreendemos quando temos que comunicar a ciência como um processo e as pessoas não gostam desse tipo de comunicação.

Na pandemia, por exemplo, no começo achamos que máscaras não seriam necessárias, agora, sabemos que elas são. E muitas pessoas não entenderam essa diferença de postura. Mesmo sem querer, isso acaba abalando a confiança que as pessoas têm na ciência porque elas nunca encararam a ciência como um processo.

Comunicar a incerteza da ciência é um aprendizado que também foi catalisado pela pandemia e que tem que ser levado mais a sério. Precisamos saber comunicar a incerteza para conquistar a confiança da população que é necessária para atingir a cobertura vacinal, por exemplo.

Consumo de bebida alcoólica: Nenhuma quantidade de álcool é saudável para pessoas com menos de 40 anos, diz estudo
A senhora acha que as pessoas não quererem se vacinar é hesitação vacinal ocorre pela falta de confiança da população?

A hesitação vacinal acontece por uma série de motivos e nem todos tem a ver com confiança. Tem diversos motivos que podem levar a pessoa a tomar a decisão de não se vacinar, como acesso, conveniência, questões religiosas ou políticas.

Mas confiança certamente é um desses motivos. Quando a pessoa perde confiança nas autoridades de saúde, no governo, ela vai se questionar com mais facilidade se precisa mesmo dessa vacina, por exemplo. Construir essa confiança passa pela forma como essas instituições se comunicam com a sociedade.

Não se comunicar de uma maneira extremamente honesta e transparente sobre o que não se sabe faz com que a população perca a confiança e precisamos da colaboração da população.

É um trabalho conjunto. Isso é um processo complicado, principalmente em um mundo politicamente polarizado como o que estamos vivendo.

Em uma coluna recente para o GLOBO, com grande repercussão, a senhora criticou a homeopatia. Isso vai na contramão do que pensam inúmeras pessoas.

Muitas pessoas ouviram falar sobre homeopatia, que isso é legal, mas na realidade não sabem direito o que é. Ela faz parte do que é chamado pseudociência, que é baseada em respostas.

Por exemplo, ela primeiro te apresenta que a homeopatia funciona e só depois vai procurar comprovação do porquê a homeopatia funciona, como a homeopatia funciona. Mas ela já parte desse pressuposto. É fundamental divulgar o que as evidências científicas dizem hoje sobre esse tema, sem nenhum julgamento moral, para que as pessoas possam tomar decisões informadas.

ANUNCIOBAIXO
VISITAS NESTA MATERIA: 237 E O TOTAL DE VISITAS NA MATERIA

*** Contagem Em Constante Atualização ! ***



O site portilho.online não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários, e reserva-se no direito de rejeitar comentários em desacordo com o propósito do site !

Enviar Comentario

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

ADS
ADS
ADS