O Estado de São Paulo registrou, nesta semana, uma morte a cada 30 minutos por conta do novo coronavírus. O balanço é da Secretaria de Saúde do Estado, em dados divulgados nesta quinta-feira (16).
Ao todo, o estado comandado por João Doria (PSDB) soma 853 óbitos pela Covid-19, com um média de 60 por dia. Somente nesta quinta, foram contabilizadas 75 novas mortes.
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Os números desta semana também mostram ainda que, a cada dia, há pelo menos 100 novas internações de pacientes. Hoje, são 2,3 mil casos confirmados da doença internados em hospitais, sendo 1.115 em leitos de UTI e 1.264 em enfermarias.
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Até quarta-feira (15), eram 2,2 mil internados, enquanto na terça-feira (15) eram 2,1 mil internados, o que comprova, segundo a secretaria de José Henrique Germann, a demanda crescente.
O número de casos confirmados da doença chega a 11.568, ou seja, 2,6 mil a mais desde segunda-feira, quando eram 8.895 confirmados. Já são 209 cidades com pelo menos um caso e 83 municípios com no mínimo um óbito.
Entre as vítimas fatais, estão 507 homens e 346 mulheres. Os óbitos continuam concentrados em pacientes com 60 anos ou mais, totalizando 79,3% das mortes.
HOSPITAIS LOTADOS
Seis hospitais públicos localizados na capital paulista e observados pelo governo alcançaram, nesta quintam, a taxa de ocupação de leitos de UTI de pelo menos 80%.
Na zona leste da capital, três instituições lotaram. Os hospitais municipais Tide Setúbal, Cidade Tiradentes e Ermelino Matarazzo estão com 100% de ocupação dos leitos, segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.
No Instituto Emílio Ribas, na região central, 93% dos leitos de UTI e 61% de enfermaria estão ocupados. O Hospital Geral de Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte, tem 86% dos leitos ocupados na UTI e 53% na enfermaria. O retrato é momentâneo: na véspera, a UTI do Emílio Ribas bateu em 100% de lotação, o que poderia ocorrer novamente em poucas horas.
Os demais observados foram o Hospital das Clínicas (83% UTI e 56% enfermaria), Hospital Geral de Pedreira (93% UTI e 82% enfermaria), Hospital Geral de Carapicuíba (80% UTI e 30% na enfermaria), e Hospital Geral Santa Marcelina do Itaim Paulista (80% UTI e 60% na enfermaria).
Na capital paulista, dos 19 hospitais públicos, nove foram referenciados ao tratamento da Covid-19. A taxa média de ocupação dos leitos está em 65%, mas na zona leste a situação é crítica.
LEITOS DE UTI VÃO ATÉ MAIO
Os leitos de UTIs (Unidades de Terapia Intensiva) destinados aos pacientes com Covid-19 nos hospitais do estado de São Paulo poderão chegar ao limite de ocupação em meados do fim de maio, segundo previsão anunciada pela equipe de Saúde do governo Doria, na quarta-feira (15), no Palácio dos Bandeirantes.
A estimativa do secretário de Saúde do Estado, José Henrique Germann, é que o primeiro “lote” dos leitos disponíveis se esgote a partir da segunda quinzena de maio. O secretário também adiantou que o governo está preparando “outro lote” de leitos de UTIs em outros hospitais.
“Teremos uma lotação dos leitos de UTI a partir do mês de maio. Temos duas reservas de leitos: uma que vai até o final de maio, e outra até final de julho. Estamos preparando outro lote de hospitais para entrarem em campo quando esses que temos hoje atingirem 90%, 95% de ocupação, mais ou menos no meio de maio pra frente. Após os novos leitos que vamos colocar à disposição, a nova previsão é que aguente até o fim de julho”, afirmou Germann.
O coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus, David Uip, se reuniu nesta manhã com secretários de saúde do ABC paulista e relatou uma preocupação com relação ao índice de ocupação de UTIs nesses municípios, que segundo ele estaria em torno de 70%.
Ao todo, o estado de São Paulo dispõe de aproximadamente 7 mil leitos de terapia intensiva. O governo do estado prepara um anúncio para os próximos dias de um novo lote de leitos hospitalares para ser entregue a partir o fim de maio.
com informações da Folhapress