Caso Henry Borel: “Ela concordou com o resultado”, diz delegado sobre mãe do menino
- Para delegado responsável, Monique Medeiros se omitiu ao não denunciar Dr. Jairinho
- Mãe de Henry sabia das agressões contra o filho desde fevereiro
- Prints encontrados pela polícia provam que babá relatou conversas com Henry para a mãe
Em 12 de fevereiro, a babá que trabalhava com Monique Medeiros e cuidava de Henry Borel, alertou a mãe que o menino havia sido agredido pelo padrasto, o vereador Dr. Jairinho. A polícia apreendeu o celular da funcionária e encontrou conversas entre as duas.
Dr. Jairinho e Monique foram presos na manhã desta quinta-feira (8) por atrapalharem as investigações sobre o caso.
O relato teria sido feito pelo próprio Henry para a babá: Jairinho pegou o menino pelo braço, deu uma rasteira no menino e o chutou. As informações foram reveladas pelo delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, da Barra da Tijuca, onde o caso foi registrado.
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Para Henrique Damasceno, “não tem a menor dúvida que ela (Monique Medeiros) não só se omitiu quando a lei a obrigada a fazer, como ela concordou com o resultado. Ela aceitou o resultado. Ela se manteve firme ao lado dele.”
“A própria babá fala que o Henry estava mancado, que quando ela foi dar banho no Henry ele não deixou lavar a cabeça, porque ele estava com dores. Se trata de uma prova extremamente relevante. Fica muito claro que toda aquela versão que nos foi apresentada de uma família harmoniosa era uma farsa”, disse o delegado durante entrevista coletiva.
Mentira no primeiro depoimento
No primeiro depoimento prestado por Monique Medeiros e Dr. Jairinho, os dois disseram às autoridades que o ambiente familiar era harmonioso e que a relação entre Henry e o padrasto era boa. “Nesse depoimento foi colocado de uma maneira muito extensa como se ali fosse um núcleo familiar extremamente harmonioso, como se a relação entre Henry e o padrasto fosse muito boa.”
Ainda sobre o depoimento, Henrique Damasceno detalhou que o pai de Henry, Leniel, deixou a criança por volta das 19h30 na casa do casal. “Ele passou mal, ele chegou a vomitar, ele chorou. A própria família disse que era uma circunstância comum quando ele ficava nervoso. Quando a mãe subiu, a mãe deu banho no momento, ele não tinha lesões, não se queixou”, disse o delegado. Há uma foto do menino sorrindo horas antes de ser morto.
“Em um intervalo curto de horas, o Henry já chegou morto ao hospital na Barra da Tijuca. E quem estava com ele naquele momento, nesse intervalo, era exatamente a mãe e o padrasto.”
Quando o caso foi registrado, chegou como acidente doméstico. “Mais tarde, naquele mesmo dia, nós verificamos, pelo laudo de necropsia, que existiam múltiplas lesões na crianças. De fato, levantou suspeitas desde o início que precisaria ser um fato muito bem investigado.”
Omissão de Monique
A equipe da delegacia responsável relatou que, quando a polícia realizou buscas para apreender os celular de Monique e Dr. Jairinho, eles tentaram jogar os aparelhos pela janela.
“Nós também, buscando obter novas provas, achamos oportuno ir pela busca a apreensão, fizemos uma operação, conseguimos apreender os telefones celulares deles e os computadores portáteis. Em laudos que foram disponibilizados, especificamente o telefone da mãe, nós encontramos prints de conversas que foram com certeza uma prova extremamente relevante, uma vez que os prints era de quase um mês antes do crime.”
Henry foi morto em 8 de março de 2021, e os prints encontrados de conversar entre Monique e a babá eram de 12 de fevereiro. Para o delegado, as conversas são “prova extremamente relevante”.
“Fica muito claro que toda aquela versão que nos foi apresentada de uma família harmoniosa era uma farsa. A mãe não comunicou a polícia, a mãe não afastou o agressor do convívio de uma criança de quatro anos, filho dela. É importante que se diga que ela tem uma obrigação moral de fazer isso, imposta pela legislação brasileira.”
“Além disso, quando verificamos o pior, a morte do Henry, ela esteve em sede policial, em depoimento, apresentando uma declaração mentirosa, protegendo o assassino do filho dela.”
Segundo o delegado, as provas são fortes e convincentes a respeito da dinâmica de participação de Monique e Dr. Jairinho na morte de Henry, mas as investigações sobre o caso continuam.
Um mês da morte
“Esta infeliz matou meu filho. Meu filhinho deve ter sofrido muito”, disse Leniel Borel de Almeida, pai de Henry, depois da prisão do vereador Dr. Jairinho e da mãe da criança, Monique Medeiros.
A declaração foi feita em entrevista à TV Globo. Ele chegou a dizer que estava passando mal.
Antes de saber da prisão da ex-mulher e do vereador Dr. Jairinho, Leniel havia feito uma postagem no Instagram em homenagem ao filho. Nesta quinta-feira (8), faz um mês que Henry foi assassinado.
“30 dias desde que te dei o último abraço. Nunca vou esquecer de cada minuto do nosso último final de semana juntos. Deixar você bem, cheio de vida, com todos os sonhos e vontades de uma criança inocente. Desculpa o papai por não ter feito mais, lutado mais e protegido você muito mais. Confiamos que Deus fará sobressair a tua justiça como a luz, e o teu juízo como o meio-dia”, escreveu o pai do menino.
Paolla Serra
- Policiais prenderam casal no início da manhã desta quinta (08) em Bangu
- Dupla é suspeita de participação na morte do garoto Henry
- Mandado é de prisão temporária com duração de 30 dias
A professora Monique Medeiros da Costa e Silva e o médico e vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), foram presos, na manhã desta quinta-feira, dia 8, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, por policiais da 16ª DP (Barra da Tijuca).
Contra o casal foram cumpridos mandados de prisão temporária por 30 dias, expedidos pela juíza Elizabeth Louro Machado, do II Tribunal do Júri da capital.
Os dois são suspeitos de participação na morte do filho dela, Henry Borel Medeiros, durante a madrugada de 8 de março. De acordo com as investigações, Jairinho agredia o menino com bandas, chutes e pancadas na cabeça e Monique tinha conhecimento disso, pelo menos, desde o dia 12 de fevereiro.
O inquérito aponta que menino chegou ao condomínio Majestic, no Cidade Jardim, levado pelo pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida, por volta de 19h20 do dia anterior.
Monique teria dado banho no filho e o colocado para dormir no quarto que dividia com Jairinho. Por volta de 3h30, quando já tinham pego no sono após assistir uma série na televisão, a professora e o vereador disseram ter encontrado a criança caído no chão do cômodo, com pés e mãos gelados e olhos revirados.
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Eles então levaram Henry para a emergência do Hospital Barra D’Or, onde as médicas garantem que Henry já chegou morto e com as lesões descritas nos laudos de necropsia.
Os documentos mostram que ele sofreu hemorragia interna e laceração hepática e seu corpo apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões. Peritos ouvidos pelo Globo afirmam que os ferimentos não são compatíveis com um acidente doméstico.
Entenda a versão do casal
Ao ser questionada durante seu depoimento, Monique afirmou acreditar que ele possa ter acordado, ficado em pé sobre a cama, se desequilibrado ou até tropeçado no encosto da poltrona e caído no chão.
Também na delegacia, Jairinho contou que, após ouvir os gritos da moça, caminhou até o quarto, colocou a mão no braço de Henry e notou que o menino estava com temperatura bem abaixo do normal e com a boca aberta, parecendo respirar mal.
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O vereador disse que acreditou que Henry havia bronco-aspirado, mas seu quadro evoluía mal, já que no caminho para o hospital não respondeu à respiração boca a boca nem aos estímulos feitos por Monique.
Jairinho contou que, apesar de ter formação em Medicina, nunca exerceu a profissão e a última massagem cardíaca que realizou foi em um boneco, durante a graduação.
Ao longo desse mês, o delegado Henrique Damasceno, titular da 16ª DP, ouviu 17 testemunhas no inquérito que apura o caso, entre familiares, vizinhos e funcionários do casal.
Uma ex-namorada de Jairinho relatou que ela e a filha sofreram agressões por parte do parlamentar. Os celulares e laptops dos dois e de Leniel foram apreendidos e passam por perícias e uma reprodução simulada foi realizada.
Cidadãos de “Bem”,patriotas, cristãos essa é a era violenta,dos falsos Deus, família e arma, são os slogans para seduzir rebanhos a votarem neles,mas quem fez arminha 2018 será que realmente achou q quem ocupa a presidência seria a favor da família brasileira??? óbvio que não!!!!A não ser da família deles ,dos empresários gananciosos que quer por a canga nas costas do trabalhador,não vai ficar pedra sobre pedra,Deus está fazendo justiça
Que fica de lição pra essas mulheres que quê arrumaho homem que tem dinheiro. Tudo na vida tem preço
o dinheiro não faz honesto assim como a falta dele, caráter não se julga pela financeiro!!!!!
Filhos da puta covardia pura foram o que fizeram com essa inocente criança alemão safado , aí acontece que como tem curso superior fica em mordomia ainda por cima se caissem na pipoca 🍿 não ia durar 10 segundos .PJL