O que aconteceu? A falta de vacinas contra dengue e Chikungunya é resultado direto da (falta de) eficiência do governo de Minas Gerais. Quando as vacinas chegam — isso quando chegam — é aos conta-gotas. Sim, parece piada, mas não é.

E se você pensa que, ao menos, quando finalmente chegam, são destinadas a todas as crianças… ah, aí que você se engana! 🫵 As primeiras doses são, vejam só, exclusivamente para os filhos das funcionárias de todas as UBS e postos de saúde da cidade de Patrocínio (MG).

As demais crianças? Que se virem! Se quiserem sobreviver, que se explodam — afinal, não dá pra salvar todo mundo, não é mesmo? A regra parece ser: só sobrevive quem tem mãe ou pai trabalhando no posto de saúde. Meritocracia sanitária, talvez?

Isso é profundamente injusto. As demais crianças não podem ser vítimas do “sistema”. Mas, infelizmente, são.

E não se iluda achando que é só em Patrocínio. Essas mesmas injustiças sanitárias acontecem Brasil afora. A falta de vacinas contra a dengue e Chikungunya é uma irresponsabilidade gritante do governo de Minas Gerais — mas que, convenhamos, encontra ecos em muitos outros cantos deste país.

Enquanto isso, seguimos esperando: as vacinas, o bom senso e, quem sabe, um dia, a justiça social.