Ansiedade, depressão, síndrome do pânico… Antes mesmo da pandemia, um terço dos adolescentes de 13 a 17 anos já se diziam tristes “na maioria das vezes” ou “sempre”.
Cenário agravado pelo período de isolamento pela Covid, somado ao uso irrestrito de redes sociais, fatores que criaram uma “bomba relógio”.
Por Julia Duailibi
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Ansiedade, depressão, síndrome do pânico… Antes mesmo da pandemia, um terço dos adolescentes de 13 a 17 anos já se diziam tristes “na maioria das vezes” ou “sempre”.
Cenário agravado pelo período de isolamento pela Covid, quando escolas ficaram fechadas e jovens foram “empurrados” para as telas. Somado ao uso irrestrito de redes sociais, fatores que criaram uma “bomba relógio”.
Para refletir sobre a deterioração da saúde mental nesta faixa etária, Julia Duailibi conversa com Vera Iaconelli, doutora em psicanálise pela USP, diretora do Instituto Gerar de Psicanálise e colunista do jornal Folha de S. Paulo. Neste episódio:
- Vera explica como a adolescência é naturalmente um período de mais sofrimento, adaptações, crescimento e transformações, portanto de mais “vulnerabilidade psíquica”.
- Para ela, crianças e jovens têm sintomas que demonstram como o sofrimento típico desta fase da vida não está sendo solucionado;
- Ela aponta como a pandemia “acelerou o processo” de exposição de crianças e jovens às telas, e consequentemente às redes sociais.
- Produtos com alto potencial de dependência psíquica, telas e redes sociais devem ter o uso controlado a partir de “ações dos pais, da sociedade e do Estado”, diz;
- A psicanalista chama atenção para a importância de monitorar o uso de crianças e adolescentes nas redes sociais, evitando o uso irrestrito.
- Para ela, o uso sem monitoramento equivale a “deixar uma criança em praça pública e depois voltar para ver o que aconteceu”.
- E aponta como Estado e escola devem contribuir nesse processo;
- Vera indica quais são os sinais de alerta para famílias buscarem ajuda, como mudanças de comportamento, na alimentação e nos cuidados com o corpo.
- E conclui sobre a importância de “escutar” crianças e adolescentes, “mais do que falar”, para entender o processo vivido nesta fase da vida
O que você precisa saber:
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O podcast O Assunto é produzido por: Mônica Mariotti, Amanda Polato, Tiago Aguiar, Gabriel de Campos, Luiz Felipe Silva, Thiago Kaczuroski, Eto Osclighter e Nayara Fernandes. Apresentação nesta semana: Julia Duailibi.
Natuza Nery, apresentadora do podcast O Assunto — Foto: g1
PRONTO FALEI!!!
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Por: José Maria Portilho Borges (Jornalista)- MTB: 18.144/MG.