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Relatório de 71 páginas da Defensoria Pública mostra detalhes das condições de prisões de bolsonaristas que atacaram a democracia

Um relatório extenso produzido pela Defensoria Pública após visitas aos presos pelos atentados antidemocráticos mostra detalhes das celas bolsonaristas. Nas 71 páginas do documento, há curiosidades sobre a situação completamente atípica nas penitenciárias. Os detentos reclamaram da comida, pediram dieta sem glúten e lactose, acharam os cobertores finos demais e foram obrigados a usar vasos sanitários sem porta ou qualquer privacidade, por exemplo. Eles estão privados de liberdade há 17 dias.

O relatório foi elaborado em conjunto pela Defensoria Pública da União (DPU), a Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF) e o Mecanismo Nacional de Prevenção à Tortura (MNPCT), com base em vistorias às prisões que receberam criminosos envolvidos nos ataques aos prédios na Praça dos Três Poderes ou estavam no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília.

Houve até bolsonarista com Covid participando dos atos de invasão e depredação, como mostraram relatórios da triagem médica. Os registros analisados no dia 10, dois dias após os crimes, concluem ainda que 97% das pessoas que chegaram ao sistema prisional não eram do DF. O relatório também aponta que havia uma cela só com idosos, “muitos militares”, como oficiais da Marinha, e policiais de outros estados.

Defensores fizeram várias vistorias nas prisõesDivulgação/DPU

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Um preso chamou atenção por estar com um cofre que guardava uma arma na hora em chegou à unidade prisional. Ele é policial civil aposentado. Outro estava com R$ 3 mil em espécie. A arma, o dinheiro e o cofre foram apreendidos pela Polícia Penal.

Nenhum dos bolsonaristas se declarou como parte do grupo LGBTQIA+, mas, por conta das novas prisioneiras, as mulheres trans que já estavam detidas na Colmeia tiveram de ser transferidas de um bloco específico para celas destinadas às visitas íntimas. Isso gerou prejuízo a elas, que enfrentaram “celas minúsculas”, dias sem banho de sol e até precisaram “desentupir o vaso do banheiro com a mão”, como traz o relatório da Defensoria.

Celas

Os órgãos de proteção aos direitos humanos observaram problemas desde a detenção de bolsonaristas no ginásio da Polícia Federal, onde não havia chuveiro para banho dos detidos. Já no Centro de Detenção Provisória II, na Papuda, defensores encontraram celas com capacidade para 8 pessoas mantendo 12 presos, criminosos dormindo no chão, chuveiros com água fria e vasos sanitários sem privacidade.

Havia quatro refeições por dia, mas os bolsonaristas reclamaram da “má qualidade dos alimentos e pouca quantidade no fornecimento de frutas”. Jogando marmitas quase inteiras no lixo, eles diziam que a comida tinha “gosto ruim e mau preparo”. Assistidos psicologicamente, os bolsonaristas levantaram muitas queixas de saúde mental, como quadros de depressão e ansiedade.

“Durante os atendimentos coletivos foi frisada a informação de que a situação de cárcere é em si violadora de direitos humanos e que os problemas relatados pelas ingressantes eram semelhantes ao das demais internas, sobretudo quanto à qualidade da alimentação. […] Basta cruzar o portão de uma unidade prisional para que a pessoa presa esteja em uma situação de ofensa a direitos fundamentais e se caracterize como vulnerável”, aponta o relatório.

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5 Comentarios

    1. Realista

      Sabe de nada não seu arrombado. Penita daqui é castigo das outras. Opressão de todas formas. Bem pior do que onde eles estão. Bolsominion tem que lembrar daquela frase que eles tanto gostam. Bandido bom é bandido morto!? Então suicida ai. Bando de gente podre.

      Reply
  1. Thi Shoka Hawarha

    Uai, eles não eram contra direitos humanos, bandido bom e bandido morto, que cadeia e hotel, então, amostra grátis, liga pros direitos humanos agora, kkkkkk

    Reply

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