O decreto seria uma forma de golpe de Estado para mudar o resultado da eleição
A PF (Polícia Federal) encontrou na residência de Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, um documento que permitiria que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) decretasse estado de defesa na sede do TSE (Tribunal Superior Eleitoral). As informações são do jornal Folha de São Paulo.
Mas o que significa o documento encontrado? O decreto inconstitucional seria uma forma de golpe de Estado e mudaria o resultado da eleição que deu a vitória a Lula (PT).
A minuta — um projeto, um esboço — do decreto presidencial foi encontrado no armário do ex-ministro durante busca e apreensão realizada na última terça-feira (10).
O material dá indicação de ter sido feito após a realização das eleições e teria objetivo de apurar abuso de poder, suspeição e medidas ilegais adotadas pela presidência antes, durante e depois do processo.
O ex-ministro teve sua prisão ordenada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e afirmou que vai retornar ao Brasil e se apresentar à Justiça.
“Hoje (10/01), recebi notícia de que o ministro Alexandre de Moraes do STF determinou minha prisão e autorizou busca em minha residência. Tomei a decisão de interromper minhas férias e retornar ao Brasil. Irei me apresentar à justiça e cuidar da minha defesa”, escreveu Torres nas redes sociais. “Sempre pautei minhas ações pela ética e pela legalidade. Acredito na Justiça brasileira e na força das instituições. Estou certo de que a verdade prevalecerá”.
Torres está em Orlando, nos Estados Unidos, mesma cidade onde está o ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem ele foi ministro da Justiça.
PF na casa do ex-ministro. Em paralelo ao pedido de prisão feito por Alexandre de Moraes, a Polícia Federal iniciou uma operação na casa de Torres. Leia mais aqui.
Quem é Anderson Torres?
Ele é agora ex-secretário de Segurança do DF. Reassumiu o comando da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal no dia 2 de janeiro e viajou de férias para os EUA cinco dias depois.
Mais cedo, bens bloqueados. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas de União (MPTCU) pediu o bloqueio de bens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em virtude dos atos de terrorismo que aconteceram em Brasília no último domingo (8). Torres também teve o nome incluso no pedido.
Além de Bolsonaro, também é solicitado o bloqueio de bens:
- Do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) – afastado por 90 dias a mando do Supremo Tribunal Federal (STF);
- Do ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres;
- De “outros responsáveis, sobretudo de financiadores de mencionados atos ilegais”.
O que motivou a decisão? A decisão foi dada em resposta a pedido do advogado-geral da União, Jorge Messias, que solicitou a detenção em flagrante de Torres e de demais agentes públicos que tiveram participação ou se omitiram para facilitar a invasão dos prédios dos Três Poderes.
Como se organizaram os atos terroristas em Brasília?
A linha do tempo interativa abaixo te mostra, clique e explore:
Petista tem q ser estudado o índice de burrice é algo impressionante kkkk
Acham mesmo que precisa de um papel escrito a mão pra saber que o Bolsonaro tramava o golpe de Estado? Desde que ele se elegeu eu já achava que iria ficar inelegível um dia. Agora tenho certeza. E sorte dele será se ele não for preso. A responsabilidade política do Bolsonaro é evidente. E o Xandão é muito inteligente. Ele sabe de tudo. Só está coletando provas… na miúda. O Bolsonarismo é o único motivo pelo qual aquelas pessoas saíram quebrando tudo em Brasília. Já eram mal perdedores e propensos a baderna, com Bolsonaro, criaram coragem pra agir ilegalmente.