Manifestantes cobram um reajuste salarial de 24%, percentual acima do que foi oferecido pelo governo de Minas
O presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros de Minas Gerais (Aspra), subtenente Heder Martins de Oliveira, afirmou nesta quarta-feira (9) que o governador Romeu Zema (Novo) chamou as categorias de segurança para a guerra e que a disputa pode se tornar política, sendo que o round final será em outubro, na eleição ao governo do Estado.
Em entrevista ao programa Patrulha da Cidade, na Rádio Super 91.7 FM, o militar afirmou que a manifestação demonstrou ao governo de Minas a indignação da categoria, que cobra um reajuste salarial de 24% para as forças de segurança. O governo estadual anunciou um reajuste de 10% para todas as categorias do funcionalismo.
“O primeiro round vai até o dia 1º de abril. O governo nos chamou para um jogo de xadrez, ele move uma peça e nós movemos outra. O round final vai até o dia 2 de outubro. Ainda que não consigamos mais um centavo de recomposição salarial, vamos tirar o pé do acelerador e entrar na campanha contra Zema”, afirmou Oliveira.
O vice-presidente do Sindicato dos Policiais Penais de Minas (Sindppen), Vladimir Dantas afirmou que a cobrança é pelo acordo que foi firmado pelo governo há dois anos. “Estamos cobrando novamente que o governador cumpra o que nos acordou em ata. O governo tem caixa, tem dinheiro e se omite em se reunir com a segurança pública”, diz.
O governo de Minas, no entanto, se manifesta desde a semana passada informando que não pode atender ao pedido das forças de segurança para não descumprir os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal.