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Anvisa identifica irregularidades em 30 de 31 clínicas de estética fiscalizadas em 4 estados e no DF
Entre as denúncias que chegam à agência, 61,3% são relacionadas a procedimentos estéticos malsucedidos. Os fiscais encontraram produtos sem registro, vencidos e outros casos graves.
Por Jornal Nacional
Fiscalização da Anvisa interditou seis clínicas estéticas em quatro estados e no DF
Uma fiscalização da Anvisa interditou seis clínicas de estética em quatro estados e no Distrito Federal. Os fiscais encontraram produtos sem registro, vencidos e outros casos graves.
A médica Isadora Milhomem queria se livrar das cicatrizes de acne, mas acabou sofrendo queimaduras graves depois de fazer um peeling, procedimento para descamar a pele.
“Eu vou precisar usar essa máscara de compressão por pelo menos seis meses. Provavelmente, precisarei fazer outros procedimentos, como enxerto de gordura, laser e até talvez uma remoção cirúrgica de cicatrizes dependendo de como seja a minha evolução”, afirmou.
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Médica sofreu queimaduras graves depois de fazer um peeling — Foto: Reprodução/TV Globo
Uma mulher, que tem vergonha de mostrar o rosto, procurou a delegacia depois de passar por uma rinomodelação – procedimento para mudar o formato do nariz sem a necessidade de cirurgia.
“Estou com dor no nariz, está saindo secreção, muito inchaço todo dia. Não sei o que vai ser de agora para frente, se vai necrosar meu nariz ou não”, disse.
Mais de 60% das denúncias que chegam à Agência Nacional de Vigilância Sanitária são relacionadas a procedimentos estéticos mal-sucedidos. Por isso, a Anvisa, em parceria com as vigilâncias estaduais, começou a inspecionar clínicas de todo o país. Dos 31 locais fiscalizados até agora, 30 tinham irregularidades.
“Condições precárias de infraestrutura como ausência de pia, problemas relacionados ao armazenamento e condição dos produtos utilizados, como produtos fora da geladeira, como produtos vencidos e produtos de uso único sendo reaproveitados. Também foram encontrados diversos produtos sem registro, produtos com a eficácia e segurança não avaliados pela Anvisa”, disse o gerente de fiscalização de produtos para saúde da Anvisa, Thiago Rezende Cunha.
“Lá foi encontrado fenol. E esse fenol está proibido em todo o país para uso estético dele. Além de más condições de higiene, de esterilização dos materiais”, informou o auditor fiscal da Vigilância Sanitária de Goiânia, Dagoberto Costa.
A Operação Estética com Segurança acontece ao longo de todo o ano. No site da Anvisa, é possível fazer denúncias e consultar a situação das clínicas e dos profissionais. A agência ainda alerta: na hora de fazer qualquer procedimento estético, o paciente tem o direito de saber qual produto vai ser aplicado.
“Todo procedimento tem um risco, todo período pode ter uma complicação. Então, o paciente é um dever nele, na verdade, saber o que vai fazer e não só acreditar em mídias sociais em venda de sonhos”, disse o membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Dhyego Curado.
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Influenciadores, donos de clínica presos usaram óleo de silicone em pacientes, diz delegado
Além do uso do óleo de silicone, delegado afirma que ele comercializaram medicamentos manipulados e substâncias proibidas pela Anvisa. O casal está preso preventivamente e defesa discorda da
Por Tatiane Barbosa, g1 Goiás
Karine Gouveia é presa pela segunda vez
Os influenciadores e donos de clínica de estética, Karine Gouveia e o marido dela, Paulo César Dias, substâncias proibidas como óleo de silicone e o PMMA em procedimentos estéticos e cirúrgicos de alto risco, informou o delegado Daniel de Oliveira. O casal é suspeito de deformar pacientes em clínica de estética em Goiânia. Os dois presos preventivamente nesta quarta-feira (12), cerca de um mês de serem soltos por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A defesa de Karine Gouveia afirmou que a influenciadora nega o uso do óleo de silicone, como informado pelo delegado. O advogado da Karine, Romero Ferraz, argumenta que a acusação deve provar o uso da substância, mas que a investigação ainda não foi concluída.
“Não existe relatório final da autoridade policial. Não existe denúncia feita pelo Ministério Público. Ela tem o direito do devido processo legal justo.
Se tem essa convicção, inclusive antecipando a culpa dela, que relate o inquérito e o MP ofereça denúncia. Ela exercerá o direito de defesa dela”, declarou.
Sobre a prisão preventiva, a defesa afirmou, em nota, que discorda absolutamente da decisão decretada pela prisão preventiva dela.
Segundo a defesa, a decisão “se valeu de narrativas falsas e da repugnante criminalização da advocacia para tentar impedir o direito constitucional de defesa, evidenciando práticas de lawfare” (veja a nota completa ao final da matéria).
Ao g1, o advogado de defesa de Paulo afirma que a prisão é “absurda e desnecessária”. O advogado Tito Amaral afirma que a prisão não tem fundamento.
“A Polícia Civil está inventando, está criando, está fazendo um verdadeiro show de horrores, induzindo a erro o Ministério Público e o Poder Judiciário”, informou (veja a nota completa ao final da matéria).
De acordo com o delegado, a ordem judicial que determinou a prisão preventiva do casal indicou a gravidade dos casos, envolvendo a realização de procedimentos estéticos e cirúrgicos de alto risco.
“Os procedimentos eram efetuados de forma indevida e com o uso de substâncias proibidas como óleo de silicone e o PMMA, além da comercialização ilegal de medicamentos manipulados e substâncias proibidas pela Anvisa”, afirmou.
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Karine Gouveia e Paulo César, casal investigado pela Polícia Civil, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Nota de defesa de Karine
Karine Gouveia nega veemente o uso de óleo de silicone. No entanto, quem tem que provar é a acusação.
E isso é objeto da investigação que sequer foi concluída. Não existe relatório final da autoridade policial.
Não existe denúncia feita pelo Ministério Público. Ela tem o direito do devido processo legal justo. Se tem essa convicção, inclusive antecipando a culpa dela, que relate o inquérito e o MP ofereça denúncia.
Ela exercerá o direito de defesa dela.
Sobre a prisão preventiva: A defesa de Karine Gouveia discorda absolutamente da decisão que foi decretada a sua prisão preventiva, isso porque se valeu de narrativas falsas e da repugnante criminalização da advocacia para tentar impedir o direito constitucional de defesa, evidenciando práticas de lawfare.
Ressalta que muito embora tenha profundo respeito por todas as investigações, não se pode tolerar no Estado de Direito a criação mental para manipular o Ministério Público e o Poder Judiciário, em uma tentativa desesperada de salvar uma investigação cheia de vícios e que nunca foi submetida ao Poder Judiciário para controle de legalidade.
Recentemente o Superior Tribunal de Justiça entendeu que a prisão é absolutamente desnecessária, daí porque seriam suficientes as medidas cautelares que foram impostas, as quais estão sendo cumpridas à risca por Karine.
Portanto, a sua liberdade será requerida se valendo de todos os meios legais, como sempre o fez, inclusive buscando todas as instâncias do Poder Judiciário, se preciso for.
Nota de defesa de Paulo
Sobre a fala do Delegado de que utilizava óleo de silicone nos procedimentos, para além de absurda, Karine nega veemente.
No entanto, quem tem que provar é a acusação. E isso é objeto da investigação que sequer foi concluída. Não existe relatório final da autoridade policial.
Não existe denúncia feita pelo Ministério Público. Ela tem o direito do devido processo legal justo.
Se ele tem essa convicção, inclusive antecipando a culpa dela, que relate o inquérito e o MP ofereça denúncia. Ela exercerá o direito constitucional de defesa dela.
Essa investigação subverteu a ordem constitucional, estão se investigando pessoas e não fatos, como a legislação prescreveu.
A cada momento em que não se corrobora uma acusação, se busca uma nova linha acusatória para constranger pessoas.
E esse excesso de acusação e atos em claro desvio do caminho legal é que está mantendo a investigação.
Sobre a prisão de Paulo: Trata-se de uma prisão absurda, desnecessária, conforme já decidiu o STJ. É uma prisão que não tem o menor fundamento.
A Polícia Civil está inventando, está criando, está fazendo um verdadeiro show de horrores, induzindo a erro o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Essa decisão será revertida imediatamente, seja pelo Tribunal de Justiça, seja pelo STJ, se não conseguirmos a reversão dela aqui em Goiás.
Então, nós estamos absolutamente tranquilos com relação a isso e reafirmamos, os abusos que estão sendo cometidos pela autoridade policial e, com relação a isso, também estamos tomando todas as providências, perante os órgãos correcionais, perante o controle externo da atividade policial e perante a Ordem dos Advogados do Brasil.
PRONTO, FALEI!!
” Só sei uma coisa: as notícias me persegue”.
Se não está no Portilho….
Não está no mundo
”.
Por: José Maria Portilho Borges (Jornalista)- MTB: 18.144/MG.