Laudos mostram detalhes das cenas encontradas por policiais nos locais em que foram encontrados corpos de suspeitos de matar médicos no Rio
Os corpos dos suspeitos de terem assassinado três médicos na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, tinham sinais de espancamento, facadas e tiros. As informações constam em laudos da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro (PCERJ) obtidos em primeira mão pelo jornal O Globo e a que o Metrópoles teve acesso.
A polícia encontrou dois carros com quatro cadáveres no fim da noite de quinta-feira (5/10). A localização ocorreu horas após o assassinato dos médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf Bomfim, em um quiosque na Barra da Tijuca.
Três corpos estavam dentro de um carro na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro; e outro, em um segundo veículo, na Rua da Gardênia, no bairro Gardênia Azul.
Dois dos quatro mortos foram identificados. Os corpos seriam de Philip Motta, conhecido por Lesk, e Ryan Nunes de Almeida, que seria membro do grupo liderado por Motta, chamado de “Equipe Sombra”.
Facadas e espancamento
Um dos documentos produzidos pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), e que descreve a cena encontrada pelos policiais no carro com três corpos, ressalta que os cadáveres tinham “ferimentos provocados por projéteis de arma de fogo e facadas”.
As imagens presentes no documento ainda mostram um dos mortos com fortes sinais de agressão (como olhos e lábios inchados). O laudo relativo ao corpo de Philip Motta, o Lesk, encontrado em um veículo na Rua da Gardênia, mostra diversas lacerações (em especial no peito), além de inúmeras marcas de tiro.
Morte por engano
A suspeita da polícia é que o médico Perseu Almeida teria sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho do Dalmir Pereira Barbosa, apontado como chefe da milícia de Rio das Pedras.