https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2022/10/07/interna_gerais,1404285/amp.html
Por Bel Ferraz
O Ministério Público cumpriu na manhã desta sexta-feira (7/10) seis mandados de prisão preventiva e 22 mandados de busca e apreensão nas cidades de Montes Claros, Mirabela, Bocaiuva, Espinosa, Porteirinha e Patis, no Norte de Minas Gerais.
Os mandados fazem parte de uma operação do MP em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional Montes Claros, com o apoio da Polícia Militar e da Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais.
A investigação apurou crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, usurpação de função pública, falsidade ideológica e associação criminosa praticados por despachantes, empresários/comerciantes de veículos e policiais civis no âmbito do Detran.
Leia Mais
Esquema fraudulento vendia serviços de contabilidade pelas redes sociaisPC cumpre mandados de busca e apreensão por lavagem de dinheiro em PassosPC cumpre mandado de prisão contra suspeito de roubar e matar idosoAcusado de tentar matar o primo por dívida de R$ 25 é condenado em BH
Durante a investigação, foi identificada a existência de esquemas de corrupção envolvendo as Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) de Mirabela e Bocaiuva, consistentes no pagamento de vantagem indevida a agentes públicos para obtenção de facilidades na realização de vistorias veiculares, transferências, emplacamentos e emissão de documentos.
As vantagens se davam principalmente em relação a proprietários de veículos moradores de outros municípios, que muitas vezes sequer tinham que levar os carros para serem vistoriados e, ainda assim, obtinham a documentação necessária, como se o procedimento tivesse sido realizado.
Foi determinado judicialmente o bloqueio de bens dos investigados.
Setenta policiais militares, dezenove policiais civis, dois militares do Corpo de Bombeiros, seis promotores de Justiça, oito servidores do MPMG e quatro colaboradores participaram da operação.
A reportagem do Estado de Minas entrou em contato com a Polícia Civil, mas ainda não obeteve resposta.