Pedido do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) foi acatado pela 3ª Vara Criminal. Segundo a acusação, Volp teria constrangido outro preso mediante ameaça.
Por g1 Triângulo e Alto Paranaíba — Uberlândia
A ex-vereadora Pâmela Volp teve outra prisão preventiva decretada por mandar matar detento na penitenciária — Foto: PREP
A ex-vereadora de Uberlândia, Pâmela Volp, teve mais uma prisão preventiva decretada pela Justiça por estupro, enquanto permanece presa na Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga.
O pedido foi feito pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e acatado pela 3ª Vara Criminal da cidade.
Em junho, a ex-vereadora teve outra prisão preventiva decretada por mandar matar um outro detento na mesma unidade prisional. Em maio, ela foi acusada de extorsão por outros presos.
Volp está presa desde novembro de 2021, quando foi alvo da Operação “Libertas”, que investiga a exploração sexual de travestis e transexuais. Relembre casos abaixo.
Estupro
De acordo com o Gaeco, o pedido de prisão preventiva foi formulado depois que Pâmela, juntamente com outros 2 presos, constrangeu um outro detento mediante grave ameaça “à prática de atos libidinosos”. Tal prática, ainda conforme o Gaeco, configura estupro.
Segundo a acusação, a prisão preventiva foi pedida para garantir a ordem pública e impedir a “reiteração criminosa”.
O g1 entrou em contato com o advogado de Pâmela Volp, Osair Santigado, que afirmou que só vai comentar o caso após conversar com ela.
Presídio de Uberlândia I antigo Professor João Pimenta da Veiga , foto de 29/12/2021 — Foto: TV Integração/Reprodução
Outros casos
Em junho, a ex-vereadora teve outra prisão preventiva decretada pela Justiça pela prática do crime de homicídio qualificado tentado contra um detento da Penitenciária Professor João Pimenta da Veiga.
Segundo o Gaeco, à representação formulada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ocorreu após uma agressão no pavilhão LGBTQIAP+, ocorrida no dia 10 de fevereiro.
De acordo com o MPMG, Pamela Volp ordenou a outros cinco presos que espancassem um outro interno. Segundo as provas colhidas, a vítima havia pego alguns cigarros de Volp, que revidou com a ordem para matar o preso. A pena para o crime varia de 12 a 30 anos de reclusão.
A vítima foi fortemente espancada mediante chutes, socos, “chegando ao ponto de um preso subir em um beliche e pular duas vezes contra o peito da vítima, que já estava no chão desmaiada”, informou o Ministério Público.
O laudo pericial revelou que a vítima fraturou costelas e dentes, teve lesões torácica e na mandíbula, chegando a perfurar o pulmão e apresentar risco de morte.
No dia 16 de maio, detentos da ala LGBTQIAP+ da penitenciária fizeram um boletim de ocorrência, informando à Polícia Penal que Pamela Volp havia criado um sistema de extorsão dentro da unidade prisional. Na ocasião, a Polícia Penal apurou que Volp vendia produtos como cigarros, material de limpeza, comida e estabelecia juros para os “clientes”, desde fevereiro.
Ainda conforme a ocorrência, se a pessoa não pagasse, poderia sofrer diversos tipos de punição, como perder a alimentação fornecida pela penitenciária e até agressão, como alguns detentos relataram.
Durante as buscas pela cela de Pâmela Volp, foram encontrados diversos produtos de limpeza, cigarros e doces, que foram recolhidos e entregues para a Polícia Militar (PM).
Uma das vítimas, de 24 anos, declarou ter sido agredida por duas pessoas a mando da ex-vereadora. O motivo é que Pâmela criou um teste para identificar se homossexuais presos da ala LBTQIA+ eram “passivos ou ativos” e essa vítima se recusou a fazê-lo, sofrendo as agressões.
Uma terceira vítima, de 46 anos, relatou aos policiais que, por causa de uma dívida de R$ 2,5 mil, Pâmela pegou refeições dele e mandou uma pessoa agredi-lo violentamente, mas, mesmo assim, a dívida não foi considerada paga.
Outra vítima, de 28 anos, contou que foi ameaçado e ainda afirmou que Volp tem pessoas trabalhando a mando dela dentro da penitenciária, além de contar com uma rede de proteção. À epoca, a Polícia Civil instaurou inquérito para apurar as denúncias.
Volp também já foi denunciada pelo Ministério Público por uma tentativa de latrocínio ocorrida em 2018 contra uma travesti. Ela também é suspeita de comandar um esquema criminoso desde 1992.
Entre os delitos cometidos pela quadrilha estão: associação criminosa, exploração sexual, manutenção de casa de prostituição, roubo, lesão corporal, homicídio, constrangimento ilegal, ameaça, posse e porte de arma de fogo.
Ex-vereadora Pâmela Volp — Foto: Aline Rezende/Câmara de Uberlândia/Divulgação
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PRONTO FALEI!!!
👉✍👍 Se não está no Portilho…. 🚀Não está no mundo 🌍🚀”.
Por: José Maria Portilho Borges (Jornalista)- MTB: 18.144/MG.
O namorado dela é um menino daqui de patrocinio.
So esqueceram de falar que essa vagabunda era vereadora pelo PTcc..