Tenha uma boa madrugada! Hoje é Domingo, dia 24 de Novembro de 2024. Agradecemos sua visita !
ULTIMAS NOTICIAS
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE
ANUNCIOS TOPO SITE

👉😲😱🚑🚒🧐🙄”Amiga, fui estuprada”: o que fazer após alguém te confidenciar um abuso

👉😲😱🚑🚒🧐🙄”Amiga, fui estuprada”: o que fazer após alguém te confidenciar um abuso
BANNERENCIMAMATERIA
BANNERENCIMAMATERIA

OPINIÃO

A atriz Duda Reis denunciou o ex-noivo Nego do Borel por violência sexualImagem: Reprodução/Instagram

Isabela Del Monde
https://www.uol.com.br/
Colunista de Universa

Um dado comum em pesquisas e estudos sobre violências é que as vítimas costumam contar o que aconteceu para alguma pessoa de sua confiança, como alguém da família ou uma amiga; como sabemos, o caminho da denúncia é o menos comum porque há muitos estigmas relacionados a vítimas que causam vergonha e medo da responsabilização pela violência sofrida. É comum pensar: “Vão dizer que a culpa é minha”.

Entretanto, não temos formação educacional, nem em escolas nem na maior parte das faculdades, sobre como apoiar alguém que nos confidencia uma das piores experiências que já viveu — o que é uma lacuna imensa, pois os primeiros acolhimentos podem mudar o curso de uma história.

Tragédia: recrutada na escola, uma das ‘preferidas’ de Klein morreu aos 22

Viralizou na internet, em 2017, o depoimento de Bel Saide, no qual ela conta que sofreu violências sexuais aos oito anos por um funcionário do prédio em que morava com a família, mas sempre questionou por que não se sentia traumatizada pelo fato.

Adulta, ela entendeu por que: “Contei o fato à terapeuta (…) e então brilhantemente ela matou a charada: eu não tinha traumas, eu não me sentia sequer culpada porque eu fui completamente acolhida imediatamente por todos à minha volta.”

E é justamente pela relevância que o acolhimento tem, com escuta ativa e sem julgamentos, é bastante preocupante não recebermos qualquer educação e treinamento para sabermos o que fazer e o que não fazer quando uma vítima nos procura.

Uma pessoa vitimada representa uma imagem de fragilidade e muitas vezes desperta nossa preocupação e, por algum motivo, nossa prioridade é tentar eliminar a preocupação que foi causada em nós por aquele estado emocional.

Acontece que, quando focamos o olhar em aliviar nossa dor, esquecemos que temos alguém na nossa frente que viveu a experiência que tanto está nos incomodando. O centro, portanto, é essa pessoa e não quem a escuta

Quase que com um desejo infantil, recorremos a falas que buscam minimizar o que aconteceu: “Não fique assim, vai ficar tudo bem”, “pelo menos não aconteceu nada mais grave” ou “você é forte, isso não vai te abalar”.

Em algum lugar, nutrimos a esperança de que essas falas vão, como num passe de mágica, desfazer a violência. Infelizmente, não vão.

Quando estamos diante de uma pessoa machucada, nos são exigidas competências e habilidades que não fomos incentivadas e incentivados a desenvolver, tais como a alteridade e a empatia. Muito se fala de empatia em tempos de caos, mas pouco se conhece verdadeiramente desse recurso.

Theresa Weiseman, uma enfermeira dos Estados Unidos, identificou quatro qualidades da empatia: tomada de perspectiva, isto é, a habilidade de reconhecer a perspectiva da outra pessoa como sua verdade; ausência de julgamento; reconhecer a emoção em outra pessoa; comunicar essas emoções

Sustentada no conhecimento de Theresa, a pesquisadora Brené Brown, também dos EUA, descreve a empatia como um exercício de vulnerabilidade, pois para se conectar com alguém que está em dor é necessário se conectar com algo em nós que conhece aquele sentimento de desamparo e tristeza que a outra pessoa está mostrando.

Precisamos, portanto, aceitar, que não há nada a ser falado que vá transformar o passado, a violência causada. Temos que aprender a honrar a confiança que nos foi concedida pela pessoa que nos procurou, porque falar sobre isso é provavelmente a conversa mais difícil que ela está tendo em sua vida.

É um privilégio sermos ouvido e colo de uma pessoa machucada, provavelmente uma das maiores expressões de confiança que vivemos

Brené Brown nos ensina que se as palavras não mudam histórias, a conexão muda. Estar ali pela pessoa, ouvi-la quantas vezes for necessário, sem gestos de impaciência ou julgamento, oferecer sua presença, cuidar de sua casa, ajudá-la, se ela quiser, a buscar informações sobre direitos e apoios especializado.

Ouça de verdade quais são as necessidades de quem pede sua presença e responda a essas necessidades e não ao que você julga ser o certo a fazer e, se puder, busque informações técnicas de como o trauma opera e se expressa no corpo e na fala de alguém para evitar que sua oferta de ajuda se perverta no reforço do trauma.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

ANUNCIOBAIXO
VISITAS NESTA MATERIA: 1388 E O TOTAL DE VISITAS NA MATERIA

*** Contagem Em Constante Atualização ! ***



O site portilho.online não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários, e reserva-se no direito de rejeitar comentários em desacordo com o propósito do site !

Enviar Comentario

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

ADS
ADS
ADS