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👉😱🧐🔎🕵🙄🧐😳😱😮” AMOR Á 3″!!! ‘Famílias estão mudando’, celebra trisal que teve reconhecimento de união estável no RS após dez anos

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Por Pedro Trindade, g1 RS  


Trisal de Novo Hamburgo está à espera de um bebê — Foto: Arquivo pessoal

Trisal de Novo Hamburgo está à espera de um bebê — Foto: Arquivo pessoal

Os bancários Denis Ordovás, 45 anos, e Letícia Ordovás, de 51, mantêm um relacionamento há dez anos com Keterlin Kaefer, 32 anos. Na segunda-feira (28), a 2ª Vara de Família e Sucessões da Comarca de Novo Hamburgo, na Região Metropolitana de Porto Alegre, reconheceu a união estável poliafetiva entre eles. O trisal celebrou a decisão judicial que oficializou a relação depois de uma década.

“As famílias estão mudando e já estava mais que na hora dessas relações serem vistas”, afirma Letícia .

Denis e Letícia são casados desde 2006, e Keterlin está grávida de uma criança que se chamará Yan. O nascimento do bebê está previsto para 13 de outubro. A criança terá direito ao registro multiparental, ou seja, vai poder ter os nomes dos três.

Keterlin (sentada), Letícia e Denis conseguiram o reconhecimento da união estável após 10 anos de relacionamento  — Foto: Arquivo Pessoal

Keterlin (sentada), Letícia e Denis conseguiram o reconhecimento da união estável após 10 anos de relacionamento — Foto: Arquivo Pessoal

“Sempre teve nos nossos planos ter filhos e quando aconteceu decidimos buscar a Justiça. Ficamos extremamente felizes com a decisão, afinal, são dez anos. Muitos dos relacionamentos ‘normais’ nem chegam a tanto”, compara Letícia.

Em um primeiro momento, eles tentaram o registro em cartório sem a judicialização, mas o pedido foi recusado pelo tabelionato. O homem e a mulher que já estavam casados precisaram se divorciar para fazer esse pedido. Agora, com a decisão judicial, os cartórios devem ser obrigados a aceitar o registro.

“Nunca escondemos de ninguém a nossa relação, e a grande maioria das pessoas reage muito bem. Alguns demoram um pouco mais pra processar as informações, mas nunca sofremos nenhum tipo de preconceito”, relata Letícia.

Na decisão, o juiz Gustavo Borsa Antonello citou que a união dos três é “revestida de publicidade, continuidade, afetividade e com o objetivo de constituir uma família e de se buscar a felicidade”. A decisão é de 1º grau e cabe recurso por parte do Ministério Público (MP).

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