Um javali gigante, com quase 300 kg, foi abatido por dois caçadores experientes de João Pinheiro, Reginaldo e Elias, em uma propriedade rural do município.

A ação, que exigiu o uso de cães farejadores treinados e rastreadores com GPS, foi realizada com total responsabilidade e dentro de todas as normas legais que regulamentam o controle da espécie invasora.

O feito é considerado um marco na região, já que um javali desse porte nunca havia sido abatido por aqui, destacando a preparação, técnica e coragem dos caçadores pinheirenses.

A caça do javali (Sus scrofa) no Brasil é permitida desde 2013 e regulamentada pela Instrução Normativa nº 03/2013 do Ibama, que reconhece a espécie como exótica e invasora, sem predadores naturais no país.

A presença descontrolada do animal representa riscos à biodiversidade, à agricultura e à segurança sanitária, o que justifica sua inclusão em programas de manejo populacional.

Para realizar o controle, é obrigatório que o caçador esteja inscrito no Cadastro Técnico Federal do Ibama, tenha autorização do Exército Brasileiro para uso de armas de fogo e autorização expressa do proprietário da fazenda onde o manejo será executado.

Também é exigido que os certificados estejam em dia, com prestação de contas periódicas ao órgão ambiental.

Segundo informações apuradas pelo JP Agora, a ação foi conduzida por Reginaldo e Elias, caçadores experientes de João Pinheiro.

Os cães de caça utilizados percorreram entre 5 e 10 quilômetros até localizar o animal, que foi abatido com o apoio de tecnologia de rastreamento por GPS.

Em outros contextos, também se utiliza mira termal para o rastreio noturno.

O javali, de origem europeia, se reproduz rapidamente, consome fauna silvestre, ataca animais de criação e destrói nascentes, gerando impactos ambientais severos.

Estima-se que, só em 2025, mais de 1 milhão de javalis precisem ser abatidos no Brasil para conter os prejuízos e impactos já causados pela espécie.