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👉👍👏🧐🤔😍💞Masculinidade e masculinidade tóxica: como essas ideias afetam a vida de homens e mulheres no Brasil

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Ana Ignacio

·Especial para o HuffPost Brasil


Especialistas e pesquisadores falam sobre a ideia de masculinidade que temos hoje e de que forma podemos ampliar e modificar nosso olhar sobre o tema. Arte: Thiago Limón

Estreia nesta quinta-feira (17) no Yahoo!, o primeiro, de 15 textos que serão publicadas diariamente, sobre masculinidade saudável.

A ideia é falar sobre quando ela se torna tóxica, discutir paternidade responsável, o comportamento masculino no ambiente de trabalho e tantos outros espaços, além de propor uma reflexão sobre o assunto. Abaixo o primeiro:

Talvez o assunto seja rodeado por clichês. Dos mais antigos, repetidos e conhecidos por aí. Todo mundo já ouviu essa história. “Homem não chora”. “Homem se defende”. “Homem não cuida da casa”.

Como se falássemos de questões fisicamente impraticáveis ou habilidades transmitidas geneticamente. Não é o caso quando o assunto é masculinidade.

Ou masculinidades, no plural, para ser mais justa com os tempos em que vivemos. Hoje, certas ideias e expressões estão mais presentes no dia a dia, de fato: gênero, masculinidades, masculinidade tóxica – para se ater a poucas.

E isso nos faz pensar sobre a origem desses conceitos e o significado que eles carregam. E o primeiro ponto pode ser esse. Não estamos falando de algo natural e impossível de mudar.

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“A gente não nasce nem homem e nem mulher, a gente se faz. O ponto principal é esse, o masculino se constrói, ele não é dado, ele não está no gene, ele não está na natureza, ele se faz através de processos de educação”, explica Gustavo Bandeira, doutor em educação, pesquisador que atua há mais de dez anos na área de relações de gênero, com trabalho voltado para o futebol.

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Assim, o conceito não pode ser reduzido a uma definição única e simplista. Guilherme Valadares, diretor de pesquisa no Instituto PDH (Papo de Homem, Instituto de Pesquisa & Desenvolvimento em Florescimento Humano), fundador e diretor de conteúdo no PapodeHomem e membro consultivo do Comitê #ElesporElas da ONU Mulheres no Brasil, cuja atuação é voltada para a equidade de gênero, explica essa ideia e a importância de não se fechar ou buscar uma definição tão precisa.

“Masculinidade, a meu ver, diz respeito a se construir e se entender como homem, a performar e ser reconhecido como tal.

Ser homem, a depender da cultura, região do mundo e período histórico no qual existo, vai tomar formas bem distintas”, diz.

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