Nesta quarta (21), foram registrados 977 novos óbitos em 24 horas, totalizando 90.627 mortes desde o início da pandemia. Dessas, 15.975 ocorreram em abril, que antes do final já é o mês com mais óbitos em São Paulo.
Por Lívia Machado, Patrícia Figueiredo e Marina Pinhoni, G1 SP — São Paulo
Coveiro com traje de proteção contra Covid-19 antes de sepultamento noturno no Cemitério da Vila Formosa, em São Paulo, nesta quinta-feira (25) — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Com 977 mortes por Covid-19 registradas nesta quarta-feira (21), o estado de São Paulo chegou a 90.627 vidas perdidas para a doença desde o início da pandemia. O número foi alcançado pouco mais de um ano após a confirmação da primeira morte, em 12 de março de 2020.
Com essa marca, o mês de abril já se tornou o mais letal de toda a pandemia no estado, superando o recorde anterior, de março de 2021. Foram 15.975 mortes do dia 1º até esta quarta (21), contra 15.159 em todo o mês de março.
O estado de São Paulo superou ainda a marca de 90 mil mortes por Covid-19 e chegou a 2.786.483 casos confirmados da doença desde o começo da pandemia.
Nas últimas 24 horas, foram confirmadas 977 novas mortes e 17.123 novos casos. Com isso, a média móvel de mortes no estado ficou em 736 mortes diárias por coronavírus, um valor 3% maior do que o registrado 14 dias atrás, o que indica tendência de estabilidade.
Já a média móvel de casos de Covid-19 foi de 14.350 casos diários nesta quarta, o que representa uma queda de menos de 1% em 14 dias, com tendência de estabilidade.
São Paulo registrou ocupação de 81,8% nos leitos de UTI nesta quarta (21). Para especialistas, a taxa de ocupação acima de 80% indica que o estado segue com problemas no sistema de saúde.
O total de pacientes internados em São Paulo, seja na rede pública ou privada, é de 23.459 pessoas nesta quarta. Deste total, 11.009 estão em leitos de Terapia Intensiva e 12.450 em enfermaria.
No dia seis de abril, o estado registrou o recorde de mortes por Covid-19 ao contabilizar 1.389 óbitos em um dia (veja mais no vídeo abaixo).
Flexibilização da quarentena
Apesar dos recordes de abril, o governo de São Paulo avalia que os indicadores da Covid-19 tiveram “uma melhora significativa” , considerando especialmente a ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e o total de pacientes internados.
Por isso, as restrições da quarentena estadual estão sendo flexibilizadas desde o último dia 12, quando acabou a fase emergencial, a mais rígida, e foi retomada a fase vermelha. Desde então, a fase vermelha também foi encerrada e o governo anunciou uma nova etapa da quarentena, a chamada “fase de transição”, em vigor desde o último domingo (18).
Movimentação de veículos na Zona Norte de SP no primeiro dia útil da fase de transição — Foto: Luiz Santos/Photopress/Estadão Conteúdo
Com esta última flexibilização, comércios e atividades religiosas puderam reabrir, e outros serviços como restaurantes, salões de beleza e academias, votam a funcionar neste sábado (24). Os estabelecimentos podem funcionar com horário restrito e até 25% do público máximo.
Em nota, o governo estadual disse que “o número de óbitos registrados em abril está relacionado a casos e internações de março, ou seja, de três semanas atrás, no mínimo”, porque esse seria o “tempo médio para uma internação se tornar um caso fatal”.
“Os óbitos não representam, isoladamente, o cenário atual da pandemia no estado, tampouco são parâmetro para atualização de restrições de atividades, pois o Plano São Paulo é multifatorial e leva em consideração também as internações e taxas de ocupação de leitos”, afirma a gestão João Doria (PSDB) em nota.
Mortos à espera de vagas
Mais de 555 pessoas com Covid-19 ou suspeita da doença não resistiram à espera por um leito de UTI e morreram desde o início de março no estado de São Paulo. O levantamento é do G1 e da TV Globo.
Os pacientes estavam cadastrados no sistema de regulação de transferências do estado, mas não resistiram até chegar a vaga, de acordo com a Secretaria da Saúde.
Como disse o Bozo é só uma gripezinha 😡😡😡😡