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Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Uberaba (MG) e de São Paulo (SP), em conjunto com a Polícia Militar, DEPEN-MG, Secretaria de Estado de Fazenda de Minas Gerais, e a Divisão de Capturas da Polícia Civil do Estado de São Paulo, deflagrou na data de hoje, 4, a Operação “Baby Beef”.
Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram expedidos pela juíza de Direito da Comarca de Iturama (MG). A mesma juíza, de imediato, determinou o bloqueio de R$1 milhão nas contas de alguns dos investigados em razão de indícios de lavagem de dinheiro.
As investigações mostraram simulações de movimentações e alienações de gado, falsificações de documentos, compra e venda irregulares entre produtores de diferentes estados da Federação, sendo o principal engenho criminoso o uso de rebanho virtual – animais registrados apenas de modo formal em nome dos produtores, mas inexistentes na propriedade rural, gerando um enorme estoque virtual de documentos que permitiam, principalmente, esconder a verdadeira procedência de animais negociados fora dos limites de Minas Gerais – sem nota, com notas falsas ou até de origem de abigeato – sonegando o imposto devido.
Para obter êxito no cometimento dos crimes, a organização criminosa contava com o apoio prestado por funcionário de sindicato do produtor rural com acesso à sistema público de defesa agropecuária, contador e, possivelmente, agentes sindicais.
Somente nos meses enfocados pela investigação, o grupo movimentou, em vendas, mais de R$2,5 milhões, dos quais pelo menos R$1 milhão não tinha nenhum lastro ou comprovante, sendo resultado de operações simuladas para sonegar o ICMS.
Diante dos crimes identificados, foram solicitados junto ao poder judiciário os mandados de prisão e de busca e apreensão e o congelamento de bens e ativos financeiros.
Até o fechamento desta edição, a Operação “Baby Beef” continua em andamento e os órgãos de fiscalização e segurança estão cumprindo as ordens judiciais.