doutorjairo.uol.com.b / JAIRO BOUER
Doutor, me fala sobre a Idade da Loba? Fiz algumas pesquisas e fiquei mais confusa.
Essa Idade da Loba é um termo criado para falar sobre as mulheres que estão ficando mais velhas e se sentem mais tranquilas, com maior liberdade para colocar em prática muitas questões que antes não conseguiam colocar, por diferentes razões.
A estrutura social em que vivemos muitas vezes é profundamente desigual entre homens e mulheres. Elas, com frequência, são vítimas de opressão, de preconceitos e têm suas liberdades tolhidas, em especial as mulheres de gerações passadas, o que impacta muito a vida sexual. Isso porque é mais difícil de seguir uma vida sexual mais tranquila com todas essas pressões e cobranças.
Preconceito ou fase de libido?
O termo “Idade da Loba” pode soar um tanto pejorativo, já que leva a entender que, conforme a mulher fica mais velha, ela tem mais vontade de fazer sexo. Isso pode vir carregado com um certo preconceito – sociedade entende que as mulheres têm uma idade especial para viver suas vida sexual de forma plena, enquanto os homens podem experienciar todas as possibilidades desde a juventude.
A realidade é que a famosa “Idade da Loba” envolve um processo libertador de transformação, quando a mulher passa a viver a sua sexualidade de forma mais tranquila, mais plena e com menos amarras.
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A idade da loba: o que muda nas mulheres depois dos 40
Há muito tempo o termo “a idade da loba” é um dos mais usados por entre as mulheres, visto que conforme se diz, após os 40 anos, as coisas realmente mudam. Mas, será que isso é verdade?
Você sabe porque há esse ditado comum? Veja aqui o que quer dizer, se realmente existem mudanças comprovadas no organismo feminino, no pensamento ou diferentes possibilidades.
Continue lendo e fique por dentro de como funciona.
A idade da loba: o que muda nas mulheres depois dos 40
Esse termo começou a ficar mais conhecido depois da publicação do livro de nome “Quarenta – A idade da loba”, da autora Regina Lemos, que é conhecida como uma das pioneiras sobre revolução sexual em nosso país.
O livro fala sobre a situação das mulheres que durante os anos 60, viveram a explosão sexual do mundo, principalmente pela chegada da pílula anticoncepcional.
Conforme explicações do professor Ari Riboldi, em sua publicação recentemente publicada, chamada de “Bode expiatório 2”, esse termo quer dizer uma nova mulher, um novo estilo de vida, um novo conceito de mundo, do qual acabou sendo gerado pelos movimentos feministas e da libertação sexual, como já dito anteriormente, originária durante os anos 60.
Em teoria, somente o homem era o lobo, ou seja, aquele caçador, do qual deixava a mulher em uma condição de passiva, vivendo conforme as condições que lhe eram impostas ou oferecidas, sempre à sombra e a mercê dos demais, se contentando com o papel secundário.
Um exemplo simples é: o homem era o lobo mau, enquanto a mulher, a chapeuzinho vermelho.
Dessa forma, essa expressão vem para refletir o comportamento de uma nova geração do sexo feminino, da qual de acordo com essa mudança de costumem, assim como a entrada da mulher dentro do mercado de trabalho, da conquista de mais direitos e mais autonomia, acabou ganhando mais empoderamento.
Quais são as mudanças mais comuns?
Essa idade deve ser vista como um momento de mudanças emocionais, de maiores cuidados com a saúde, de uma maior aceitação física e também uma mudança em como levamos a vida.
Essas transformações de maneira estrutural, podem ser extremamente gratificantes quando começa o processo de troca da juventude pela maturidade, além de uma busca maior pela qualidade de vida e uma reestruturação interna.
É importante pensar de uma maneira comparativa: uma mulher de 20 anos e uma mulher de 40 anos. Em sua segunda fase, ela é muito mais interessante, sedutora e irresistível do que na primeira fase.
Isso acontece porque ela perde aquela impressão juvenil, mas, também perde a insegurança da adolescência, sabe o que quer da vida e o que não quer, principalmente em suas relações interpessoais.
Dessa forma, ao se conhecer melhor, ela costuma ser mais autêntica, centrada, certeira e sabe como se tratar, além de aquelas pessoas que vivem ao seu redor.
A mulher quando possui uma relação mais saudável com seu corpo e suas demais transformações, não costuma mais se enfiar em brigas por pequenas coisas, na verdade, quer ficar na paz a maior parte do tempo, visto que não procura por desgaste, ignorando assim tudo aquilo que não lhe for mais conivente.
Mas, é importante deixar claro que nesse momento da vida, é normal que as mulheres tenham altos e baixos, principalmente pela grande mudança hormonal que costuma acontecer, mas, quando conseguem se adaptar a isto de uma maneira simples, pode ser a melhor fase de sua vida.
A auto estima
A mulher quando chega nessa idade, já não está mais interessada em agradar os demais, portanto, caso seu parceiro(a) não esteja mais tão a fim dela na mesma intensidade, ela vai procurar quem a queira da maneira como é, tudo com praticidade e simplicidade.
