Em 24 horas, 11 mortes foram registradas na cidade e pacientes são transferidos para outros hospitais de MG. Secretário de Saúde não descarta possibilidade de variante do coronavírus na cidade.
Por G1 Triângulo e Alto Paranaíba
Leitos no Hospital de Campanha em Coromandel, montado na UPA, estão lotados — Foto: Paulo Barbosa/G1
Diante dos casos de Covid-19 que têm aumentado em Coromandel, a falta de leitos no Hospital de Campanha e a necessidade de transferência de pacientes, a Prefeitura decretou estado de calamidade no município. O documento tem efeito até dia 30 de junho.
Em 24 horas, segundo apurou a TV Integração, a cidade teve 11 mortes registradas pela doença.
Conforme decreto assinado pelo prefeito Fernando Breno Valadares Vieira, na última quinta-feira (11), o pedido é em razão dos impactos socioeconômicos e financeiros decorrente da pandemia. A proposta foi apreciada e aprovada durante sessão extraordinária na Câmara Municipal, que ocorreu de forma virtual.
Desde o início do mês, mais de 30 pacientes internados na cidade precisaram ser transferidos para municípios do Alto Paranaíba, Centro-Oeste e Norte de Minas. Neste domingo (14), alguns foram levados para Divinópolis em aeronaves do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A Secretaria de Saúde informou que, nesta segunda-feira (15), pelo menos 16 pessoas ainda aguardam vagas para transferência via SUS Fácil. Ao todo, 22 pacientes estão internados, sendo que a cidade conta somente com 19 enfermarias e quatro para tratamento semi-intensivo.
Com o decreto, ficam mantidas as disposições contidas na declaração da situação de emergência que trata o Decreto Municipal de nº 058, de 19 de março de 2020. Com isso, licitação para contratação de profissionais da área e compra de medicamentos ficam dispensadas, por exemplo.
Equipes realizam a transferência de pacientes de Coromandel para Divinópolis — Foto: Prefeitura de Coromandel/Divulgação
UTIs lotadas em Coromandel
Desde o dia 8 de fevereiro, pelo menos 14 pacientes de Coromandel precisaram ser levados para tratamento em outros municípios da região do Triângulo Mineiro, Alto Paranaíba, Norte e Centro-Oeste de Minas.
O número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e enfermaria não tem comportado a quantidade de pacientes que precisam de atendimento.
Uma mulher, de 46 anos, que havia sido internada em Montes Claros, não resistiu e faleceu ao dar entrada no Hospital das Clínicas Mário Ribeiro.
O secretário de Saúde, Guilherme Ricardo de Assis Ferreira, afirmou que a cidade passa por um surto da doença, principalmente na última semana, quando houve um aumento expressivo no número de contaminados.
Ele também explicou que o que chama a atenção é o ciclo do vírus, que tem apresentado mudanças.
“Os médicos não estão entendendo, pois chega no fim do ciclo da doença, no oitavo ou décimo dia, e os quadros estão se agravando, principalmente quem tem comorbidades. Aí, pioram muito, precisam entubar e não tem leito”.
O médico também contou que amostras do vírus estão sendo coletadas e enviadas para a Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte, pois existe suspeita de que haja uma variante do vírus na cidade. “Queremos saber se há uma nova cepa do novo coronavírus e, por isso, pedimos uma análise”, explicou.
Leitos
“Não temos leitos na cidade, nem na microrregião do Triângulo. Por isso estamos contando com a ajuda do governo do Estado para conseguir vagas em outras regiões de Minas. Em recente reunião com a direção clínica de unidades de saúde, todos relataram que o cenário na região para UTI para alta complexidade está saturado”, disse o secretário de Saúde.
Guilherme Ricardo acredita que as contaminações são resultado das viagens de fim de ano dos moradores da cidade. Por isso, ele deixou um alerta para a população. E disse que prevê que a situação comece a melhorar nos próximos dez dias.
“As pessoas devem voltar a agir igual no início da pandemia. Sair só se for necessário, usar máscara e álcool e evitar a taxa de transmissibilidade da doença”, finalizou.
Tá igual aqui.
A única diferença e que lá eles realmente assume a situação é de calamidade e tem a humildade de pedir ajuda para não ver pessoas morrerem.
Aqui maqueiam a situação e ainda aparece uns projeto de vereador pedindo para o prefeito liberar tudo.
Um minuto de silêncio e uma prece para as vida que se foram!
Uma prece para aqueles que estão nos hospitais, e que ainda conseguiram vagas.
De luto pelo meu Coro, por meu Patrô, por minha Abadia, por meu Monte… pelo meu Brasil..