









Mais difícil se apaixonar aos 30? Psicóloga ensina como achar um amor
Se na adolescência parecia mais fácil encontrar o amor da sua vida, na fase adulta, a rotina atribulada dificulta o processo
E como junho é o mês do amor, a Pouca Vergonhaconversou com a psicóloga especialista em relacionamento Emily Verde para entender se realmente é mais difícil se apaixonar após os 30 anos.
“Na adolescência, o cérebro está em um período de intensa transformação emocional e hormonal.
Além disso, o pensamento ainda é mais idealizado — o adolescente projeta fantasias e expectativas no outro sem a filtragem crítica que a vida adulta costuma trazer”, explica.
Para a profissional, é mais fácil se apaixonar na adolescência por que a falta de responsabilidades práticas (como contas, carreira ou família) também permite que o foco emocional se concentre quase inteiramente no relacionamento.
“É uma combinação de química cerebral, descoberta e uma visão menos ‘pé no chão’ do amor.”
Com o tempo, fica mais difícil se apaixonar?
Emily acrescenta que, com o passar do tempo, acumulamos experiências — tanto positivas quanto negativas — que moldam nossa forma de amar.
“Na fase adulta, entram em cena fatores como medo de repetir erros passados, desilusões, responsabilidades práticas e até a autocobrança para ‘escolher certo’”, salienta.
A maturidade, segundo a expert, promove a mudança de prioridades: o adulto busca compatibilidade real (valores, projetos de vida) em vez da paixão imediata, o que pode tornar o processo mais lento e menos impulsivo.
“Não que o amor seja mais difícil, mas ele passa a ser mais intencional”, diz.
Como estar mais aberta a relacionamentos?
Com a falta de tempo, muito foco nas telas e pouco tempo para a vida social, é comum que encontrar o amor esteja mais complicado.
Por isso, a profissional salienta que um dos principais pontos é trabalhar as crenças limitantes.
“Se a pessoa acredita que ‘não dá mais para confiar’ ou ‘já perdeu a chance’, isso vira uma profecia autorrealizável.
Em terapia, questionamos esses pensamentos: ‘O que prova que todas as relações serão iguais às do passado?’”, questiona.
A profissional destaca ainda que é essencial ressignificar a vulnerabilidade: amar na fase adulta exige coragem, não imprudência. “Praticar a atenção plena (mindfulness) ajuda a não deixar que julgamentos baseados em experiências antigas sabotem conexões novas. Também é útil equilibrar racionalidade e emoção — permitir-se sentir, mas sem ignorar os sinais de alertas reais.”
Por fim, Emily recomenda cultivar a autocompaixão: entender que relacionamentos são construídos, não “achados”, e que erros fazem parte do processo, não significam um fracasso definitivo.
Pronto, falei.
” Só sei uma coisa: as notícias me persegue”.
Se não está no Portilho….
Não está no mundo
”.
Por: José Maria Portilho Borges (Jornalista)- MTB: 18.144/MG.