
A confusão aconteceu porque a vítima teve um filho em um relacionamento extraconjugal com outro advogado, casado com a agressora

Mesmo casado, o homem manteve um relacionamento com a colega de profissão que durou quatro anos, desde 2020, sem que morassem juntos. Após um retorno da relação, no fim do ano passado, a mulher engravidou.
Desde então, a esposa do advogado passou a ofender e perseguir a colega de trabalho dele, por mensagens, culminando nas agressões que teriam ocorrido no fim de janeiro deste ano. O caso acabou registrado na 2ª Delegacia de Polícia Civil (Asa Norte).
De acordo com relatos dos envolvidos aos policiais, em setembro de 2024, a agressora ligou para a outra mulher e a chamou de “puta”, “vagabunda”, “piranha”.
As falas também indicariam ameaças contra vida da advogada e do bebê, chegando a dizer que a criança não nasceria.
No mês seguinte, em outubro de 2024, novas intimidações teriam sido feitas.
Dessa vez, a esposa enviou uma mensagem para a amante dizendo que ela não deveria mais pôr os pés no escritório do homem, que ele seria apenas o genitor do filho dela.
Após o nascimento do bebê, a situação se complicou ainda mais. Em janeiro, a esposa descobriu que a advogada estava no prédio da OAB-DF, entrou no local e foi diretamente até a outra mulher. Na ocasião, a criança tinha pouco mais de um mês e estava junto à mãe.
A advogada saiu da sala por medo que o bebê fosse machucado, mas foi seguida até outra sala, onde as mulheres iriam “conversar”.
No local, a esposa do homem teria exigido explicações sobre o relacionamento extraconjugal.
A coluna Na Mira apurou que a mulher partiu para cima e começou a agredi-la, com empurrões e arranhões. Outros profissionais da OAB precisaram intervir para que a violência cessasse.
Após muita insistência, a mulher foi convencida a deixar o local.
Durante o trajeto, de acordo com relatos, ela parou nos corredores e gritou palavras de baixo calão, como uma “puta”, “prostituta”, que havia “pegado o marido” dela, e questionando “como a OAB permite que se tenha uma puta trabalhando aqui”. Após o acontecimento, um boletim de ocorrência foi registrado.
O Metrópoles procurou a seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) para solicitar um posicionamento sobre o caso.
Não houve resposta até o fechamento desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestações e será atualizado.