Em maio, o Brasil inteiro parou junto dos caminhoneiros, organizados em greve que parou diversas rodovias em todo país, afetando abastecimento de combustível e alimentos em milhares de cidades.
Insatisfeitas com preço dos combustíveis e a queda do faturamento dos caminhoneiros, algumas entidades afirmam que uma nova paralisação pode ocorrer em setembro.
No último final de semana, nota distribuída por uma entidade de caminhoneiros convoca para nova greve no dia 9 de setembro, logo após o feriado da Independência.
A mensagem, que circulou por redes sociais, causou apreensão, mas não foi reconhecida por outras entidades representativas dos caminhoneiros alem da União dos Caminhoneiros do Brasil, responsável por criar a nota.
Principal liderança da greve de maio, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), não reconheceu a nota.
O não envolvimento da principal associação da última greve, porém, não baixou a apreensão da população e diversos postos em Belo Horizonte (MG) e Recife (PE) registravam filas de carros longas no último domingo (2).
A situação, até o momento, é bem incerta. O setor não tem lideranças centralizadas e, por isso, a ordem emitida pela UDC não indica com certeza que a paralização após o feriado realmente acontecerá.
Outras entidades, como o Movimento dos Transportadores de Grãos, do Mato Grosso, por meio de seu presidente Gilson Baitaca, afirmou haver “risco de novas paralisações” caso a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) não se posicione sobre temas de interesse dos caminhoneiros até 7 ou 89 de setembro.
As novas reclamações têm origem no fato de o governo não ter cumprido o prometido em relação ao preço do diesel. À época, a União anunciara redução de R$ 0,46 por litro nas bombas.
A queda, entre a primeira semana da greve, ainda em maio, e a semana passada, foi de R$ 0,41 por litro segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Na sexta (31), o combustível teve reajuste de 13% por causa da alta do dólar.