ATUALIZAÇÃO (12h30): polícia confirma que o número de mortos chegou a 9.
Ao menos nove pessoas morreram e sete ficaram feridas ao final de um baile funk na comunidade de Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, na madrugada de sábado para domingo (1). Uma perseguição policial terminou em tumulto e confusão, segundo informações do G1.
O tradicional baile funk, conhecido como Baile do DZ7, reunia mais de 5 mil pessoas de diversas partes da cidade no momento da confusão, que começou com a chegada da Polícia Militar ao local. Os agentes foram chamados por moradores que reclamavam do barulho.
#SP: Imagens mostram a confusão na comunidade de Paraisópolis, na Zona Sul de São Paulo, que deixou nove mortos na madrugada deste domingo. Pelo menos 7 pessoas ficaram feridas.
Ainda de acordo com o G1, equipes da Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam) perseguiram suspeitos de roubo de motocicleta até o local do baile. Houve troca de tiros. Equipes da Força Tática foram dar apoio aos policiais e foram recebidas com pedras e garrafadas.
Os agentes então teriam revidado com munição química (bomba de gás) para dispersar a multidão. Na correria, pessoas foram pisoteadas. Mais de 10 delas foram levadas em estado grave ao Pronto Socorro do Campo Limpo, e pelo menos nove morreram.
Ainda não foi confirmado se todas as vítimas morreram pisoteadas ou por conta da troca de tiros entre suspeitos e a polícia. A PM também diz que viaturas foram depredadas.
A mãe de uma das vítimas, uma jovem de 17 anos que ficou ferida e está internada, negou a versão da polícia e diz que os frequentadores do baile foram vítimas de uma emboscada. “Ela levou uma garrafada na cabeça de um policial, deram um cassetete nas costas dela”, afirmou a mãe ao G1.
“É uma rua com duas ou três saídas, eles fecharam e coagiram. Atiraram com arma de fogo, não só com bala de borracha. Bateram com cassetete, fora o spray de pimenta”, disse ainda a mãe.
Um morador da região que não quis se identificar citou a intensificação das operações da polícia no bairro, segundo a Veja São Paulo. “Faz duas semanas que a polícia intensificou as ações aqui em Paraisópolis. Desde então temos visto vários relatos de agressão”, disse.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comentou o caso no Twitter, dizendo que determinou “apuração rigorosa” dos fatos.