Luísa Marzullo e Bruna Martins
Um policial militar reformado é investigado pela Polícia Civil por suspeita de ter enforcado uma criança de sete anos que teria dito palavras de apoio ao presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia da eleição presidencial.
Na manhã do último domingo, Gabriel Azevedo estava com o seu pai em uma padaria no bairro Afonso Pena, em Divinópolis, quando o homem, de 55 anos, teria perguntado ao menino se ele era apoiador de Jair Bolsonaro (PL). A criança teria respondido ser “Lula lá” e essa divergência teria terminado em agressão.
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De acordo com a mãe de Gabriel, Reisla Gomes, o autor já estava discutindo sobre política quando o menino chegou no estabelecimento, que pertence à família do agressor. Em seguida, teria se voltado para a criança e questionado: “Você é Bolsonaro, né?”. A resposta teria desagradado o ex-policial militar.
— Foram oito minutos de desespero, Gabriel chegou a ficar inconsciente e desmaiou. Só quando o meu menino caiu que ele largou. Ele está completamente traumatizado, não come e quando dorme acorda gritando “me solta, estou ficando sem ar” — disse a mãe Reisla Gomes, 33, ao GLOBO.
A mãe de Gabriel acionou a Polícia Militar na noite de domingo, quando buscou o menino na casa do pai e se deparou com os hematomas no pescoço. Desde então, nas redes sociais, ela denuncia a agressão que seu filho sofreu.
Durante o ato, o pai pedia para que o homem se afastasse, que respondia que estava “apenas brincando” com o menino.
Ao GLOBO, a Polícia Militar de Minas Gerais confirmou o acionamento e o pertencimento do suspeito à corporação. O caso agora é investigado pela Polícia Civil.
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Por: José Maria Portilho Borges (Jornalista)- MTB: 18.144/MG.