A Polícia Civil prendeu, na manhã deste domingo, em uma ação conjunta com a Secretaria de Estado de Segurança da Bahia, o ex-capitão do Bope Adriano Magalhães da Nóbrega.
Apontado como autor de diversos homicídios, o ex-militar é um dos criminosos mais procurados do Rio de Janeiro, inclusive com alerta vermelho da Interpol. O ex-policial militar foi localizado numa área rural do estado da Bahia, no município de Esplanada.
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Foragido há mais de um ano, o ex-PM é um dos citados na investigação que apura a pratica de ‘rachadinha’ no antigo gabinete do senador Flavio Bolsonaro (sem partido-RJ) na Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro). Enquanto estava preso preventivamente pelo crime, foi condecorado por Flávio com a Medalha Tiradentes
Com apoio operacional do Batalhão de Operações Especiais da Polícia Militar da Bahia, foi realizada uma ação com o uso de helicóptero. Adriano reagiu e efetuou vários disparos contra os agentes. Ele foi ferido e levado a um hospital, mas não resistiu.
A ação teve apoio da Secretaria de Estado de Segurança da Bahia. No início deste mês, a Policia Civil fez uma operaçao na Costa do Sauípe para prendê-lo, mas não o encontrou. Na ocasião, Adriano deixou para trás uma identidade falsa.
“Procuramos sempre apoiar as polícias dos outros estados e, desta vez, priorizamos o caso por ser de relevância nacional. Buscamos efetuar a prisão, mas o procurado preferiu reagir atirando”, disse o secretário da Segurança Pública da Bahia, Maurício Teles Barbosa, por meio de uma nota.
Segundo a polícia, Adriano era acusado de ser o chefe de um grupo criminoso formado por matadores de aluguel, que ficou conhecido como Escritório do Crime — investigado por suspeita de envolvimento nas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes. Ele era réu na Operação Intocáveis do Ministério Público do Rio (MP-RJ), que apura a milícia de Rio das Pedras.
Deflagrada em 22 de janeiro do ano passado, com base em investigações do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-RJ, a “Intocáveis” revelou que o ex-capitão comandava um esquema de agiotagem, grilagem de terras e construções ilegais, com o pagamento de propina a agentes públicos, a fim de manter seus negócios ilícitos, “sempre de forma violenta e por meio de ameaças”. Adriano era o único foragido da “Intocaveis”. Os outros 12 integrantes da milícia de Rio das Pedras estão presos.