Réu está preso há mais de 2 anos e acusação foi feita durante audiência no dia 22 de julho e viralizou nas redes sociais nesta sexta-feira (13). Veja posicionamento dos citados.
Durante audiência realizada na 1ª Vara Criminal de Uberlândia, o preso Anderson Modesto Cunha, réu em mais de 20 processos, acusou os promotores e ex-membros do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Daniel Marotta e Adriano Bozola de pressioná-lo para realizar delação premiada contra pessoas que ele não conhecia. O vídeo da audiência foi gravado no dia 22 de julho e viralizou nas redes sociais nesta sexta-feira (13).
Na gravação, o detento também citou o prefeito de Uberlândia Odelmo Leão (PP) que seria um dos alvos da delação. A TV Integração entrou em contato com os citados e com o advogado de defesa de Anderson (veja abaixo).
Acusação
Na audiência, Anderson Modesto Cunha pediu para ser ouvido pelo corregedor Nacional do Ministério Público, pois teria sido pressionado por Daniel Marotta e Adriano Bozola, promotores e ex-membros do Gaeco, a realizar delação premiada contra pessoas que ele não conhecia.
O réu está preso há 2 anos e 5 meses no Presídio de Uberlândia I e responde na justiça a mais de 20 processos, entre eles, por receptação.
“Eu fui convidado várias vezes para fazer uma delação de pessoas que nunca vi na minha vida, de um homicídio, contra o prefeito da nossa cidade. Tenho as datas que fui levado pelo Daniel Marotta e pelo Bozola com a lista de pessoas que nunca vi na minha vida.
Com proposta de que eu ia sair rápido da cadeia e não ia acontecer nada com minha família. No dia 1º de maio do ano passado, eu passei mal nesse presídio aqui. Fui pra UAI Tibery, lá colheram meu sangue e fiquei tomando remédio na veia. Informaram o Ministério Público que eu estava lá passando mal e me levaram para o MP e pediram pra eu fazer uma delação para dar uma resposta para a sociedade e se você falar do prefeito, a gente vai te ajudar no que você precisar”, disse o réu na audiência.
O advogado de defesa, Sérgio Pazini, afirmou que Anderson tem mais de 20 processos só com base em delações sem prova material alguma.
“Nos últimos meses, ele demonstrou o interesse de fazer revelações, que segundo ele eram gravíssimas. E que queria relatar isso para alguma autoridade, de preferência para a Corregedoria do Ministério Público Estadual, o qual já o visitou.
Em audiência na Primeira Vara e na Terceira Vara ele fez esses relatos graves. Em que todos nós advogados presentes na audiência ficamos surpresos com tamanha gravidade.
Ele ainda deseja falar com o Corregedor do Ministério Público Federal. A defesa dele no processo não é abordado estes fatos. Mas como também existem muitas mentiras e vantagens financeiras obtidas pelo delator desses processos, foi pedido por mim a revogação da colaboração e a prisão do delator.
O qual esperamos que seja aceito pelo Ministério Público e decidido favorável pelo magistrado. O juiz quando souber de irregularidades e ou ilegalidade, a lei exige que ele tome providências para saná-las. Estamos ainda aguardando providências por parte deles”, afirmou.
A Corregedoria do Ministério Público Estadual (MP-MG) informou que o caso está sendo conduzido pelo Conselho Nacional do Ministério Público. Já a Corregedoria Nacional do Ministério Público (CNMP) respondeu à TV Integração que “Estamos apurando e te daremos um retorno assim que possível”.
O que dizem os citados
Veja o que responderam os promotores citados à TV Integração.
Promotor Adriano Bozola – “Soube [desse vídeo] através deste envio. Nada a manifestar.”
Promotor Daniel Marota – “O autor das denúncias é réu em 20 processos pelos mais variados crimes, destacando-se os delitos de homicídio, organização criminosa (é apontado como líder), receptação e incêndio de clínica médica em que sua genitora foi mal atendida.
As acusações feitas são absolutamente infundadas e constituem mera tentativa de se eximir de sua responsabilidade criminal. Há gravação integral da oportunidade em que o denunciante esteve no Gaeco, a qual será encaminhada as autoridades competentes para os fins devidos.
As denúncias são vazias e não estão acompanhadas de qualquer prova. O denunciante não goza de qualquer credibilidade, tratando-se de indivíduo de alta periculosidade, recaindo sobre ele suspeitas inclusive de ter planejado atentado contra a vida deste promotor de justiça e de seus familiares.
Por fim, absolutamente fantasiosa a alegação de que os promotores do Gaeco queriam incriminar o prefeito de Uberlândia em delito de homicídio, beirando tal acusação as raias da loucura.”
Veja o que disse o advogado que representa o prefeito de Uberlândia Odelmo Leão.
Rodrigo Ribeiro – “O caso é muito grave. O prefeito Odelmo Leão assim que tomou conhecimento dessas denúncias, determinou que a gente levasse ao Conselho Nacional do Ministério Público para que de fato seja apurado, o que realmente aconteceu.
Esse cidadão faz denúncias graves. Perante um juiz, perante ao Ministério Público e de vários advogados ele afirma que foi procurado por dois promotores de Justiça que pediram para que ele mentisse.
Pediram para que ele incluísse o prefeito numa falsa delação, imputando ao prefeito um crime gravíssimo. Então isso é muito sério, o prefeito sempre respeitou demais o Ministério Público, o Poder Judiciário, e esses fatos precisam ser devidamente apurados”, afirmou.
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